sábado, 27 de dezembro de 2008

Podcast 11 + almanacão de férias

O podcast de saideira de 2008 está no ar com direito a convidado e tudo. Confira aí uma das edições mais descontraídas e diferentes do nosso programa. Música boa não falta.

A lista deste programa:
Violent Femmes - Blister in the Sun
Blitzen Trapper - Gold For Bread
Bush - Synapse
Guano Apes - Mine All Mine
Arctic Monkeys - 7
Pete & The Pirates - Come On Feet

Se preferir, assine o podcast e receba as atualizações automaticamente.

E como eu já tinha comentado antes, o blog estará de férias no começo de janeiro. Lá pelo meio do mês nossa fita basf volta a rolar. Assine o RSS para receber informações sobre nossa volta.

Em clima de almanacão de férias, para passar o tempo de vocês durante o recesso do blog, selecionei uma lista (sempre as listas) dos 10 melhores discos que passaram por aqui em 2008. Vale lembrar: não é uma lista de melhores do ano. É apenas uma lista de 10 ótimos discos que passaram por aqui. Não vou nem colocar em ordem de preferência para não me comprometer. Só discaço.

Modern Guilt - Beck (*)
Lay it Down - Al Green (*)
Accelerate - REM (*)
Electric Warrior - T. Rex (*)
Chess Soul Sisters - coletânea (*)
Pink Moon - Nick Drake (*)
Zuma - Neil Young (*)
Gasoline Alley - Rod Stewart (*)
I Got What It Takes - Koko Taylor (*)
Capture/Release - The Rakes (*)

Nos vemos em meados de janeiro!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

As 30 mais do Chuck

Que tal um festival de clássicos pra fechar a tampa de 2008? Chuck Berry não tem erro! São 30 pancadas inquestionáveis. Você conta nos dedos os músicos que têm uma coletânea desse nível nas prateleiras. E aquela nossa velha campanha: divida música com seu vizinho. Som alto! Sem medo de ser feliz. Chuck Berry garante.

PS: Amanhã teremos novo podcast no ar aqui no blog. Com direito a convidado e tudo! Agora, seguimos com Chuck... arquivo dividido em duas partes. Tem que baixar as duas, ok?


01. Maybellene
02. Thirty Days
03. You Can’t Catch Me
04. Too Much Monkey Business
05. Roll Over Beethoven
06. Brown Eyed Handsome Man
07. Havana Moon
08. School Day
09. Rock And Roll Music
10. Oh Baby Doll
11. Reelin’ And Rockin’
12. Sweet Little Sixteen
13. Johnny B. Goode
14. Around And Around
15. Beautiful Delilah
16. Carol
17. Memphis, Tennessee
18. Sweet Little Rock & Roller
19. Little Queenie
20. Almost Grown
21. Back In The U.S.A.
22. Let It Rock
23. I’m Talking About You
24. Come On
25. Nadine (Is It You )
26. You Never Can Tell
27. Promised Land
28. No Particular Place To Go
29. I Want To Be Your Driver
30. My Ding-A-Ling [live, single edit]

Ainda dá tempo de uma apresentação de saideira?

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Balanço

Dois mil e oito já está esperando o elevador pra subir, então acho que já podemos fechar o balanço do ano. E vamos fazê-lo em tópicos.

- Sensacional ano para os veteranos. REM, The Cure, Al Green, Beck e The B52s lançaram discos muito inspirados. Uma pena o disco do REM não ter figurado em tantas listas de melhores do ano. Mereciam mais. E colocar o novo do Oasis na lista é sacanagem...

- Um ano complicado pro Tim Festival. Cancelamentos em cima da hora e muitas críticas dos frequentadores. Volto a bater na tecla: ainda é o melhor festival de música a apostar na cidade do Rio. Se o Tim Festival acabar, o público carioca dança de vez! (no pior sentido da expressão).

- Depois de 2008, a MTV vai ter que mudar de nome. Ou, pelo menos, mudar o significado do M. Um canal que se diz musical, lançador de tendências, blábláblá... É vergonhoso descobrir que a emissora só passa música legal depois de 2 da manhã! E os apresentadores estão cada vez mais tatibitati. A entrevista com os Mutantes num programa há poucas semanas foi triste. A apresentadora só elogiava a banda. Um festival de adjetivos vazios: lendas, inovadores, transgressores... O Faustão consegue fazer melhor.

- Nas livrarias: a biografia do Tim Maia e a do Midani fizeram bonito. Nas bancas de jornal: descobri a revista Piauí através de Seu Rodrigues e achei muito boa. Ótimos textos e assuntos muito interessantes. O preço é R$ 9,50 mas, se você parar pra pensar que uma Rolling Stone com NXZero na capa custa R$ 9, por cinquenta centavos a mais você lê algo beeem melhor.

- O preço dos shows internacionais chegou a um patamar absurdo e vimos o nascimento da famigerada pista vip. Um mal que tinha que ficar em 2008, mas, pelo visto, será prática firme e forte em 2009.

- Parabéns, Axl! Não foi lá essas coisas, mas o importante é que agora a gente pode falar mal de um disco REAL.

- No mais, esse foi o ano em que nos cruzamos, trocamos idéias, concordamos, discordamos e ouvimos muita música boa por aqui. Deixo, então, meu abraço ao pessoal que participa sempre e aos que preferem acompanhar calados.

Essa semana ainda vai rolar podcast de saideira... Fiquem ligados!

Um abraço.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Os titãs mutantes

Em 1993, as rádios estavam bastante voltadas às bandas catapultadas de Seattle. O Nirvana abria as portas para uma série de grupos com riffs mais pesado. Vindos de um disco com ótimos momentos (Tudo Ao Mesmo Tempo Agora), os Titãs acharam a hora e o parceiro certo para colocar em prática um dos discos de rock mais furiosos da nossa língua.

Titanomaquia tem bateria nervosa, riffs de guitarra ininterruptos, letras psicóticas e a produção de Jack Endino. Jack era (e continua sendo) um nome forte na cena musical internacional. Produtor do primeiro disco do Nirvana e um dos cabeças de uma gravadora que até hoje dá tiros certeiros na cena indie mundial: a Subpop.

O disco tem momentos fracos como "Agonizando", mas uma visão geral mostra que a banda alcançava aqui sua melhor metamorfose. Titanomaquia costuma ser deixado de lado pela atitude popular a qual os Titãs sempre recorrem (afinal, precisam tocar nas rádios para pagar as contas). Mas esse disco tão bem definido e sem medo já deixou seu tapa na orelha do rock nacional.


1. Será Que é Isso Que Eu Necessito?
2. Nem Sempre se Pode Ser Deus
3. Disneylândia
4. Hereditário
5. Estados Alterados da Mente
6. Agonizando
7. De Olhos Fechados
8. Fazer O Quê?
9. A Verdadeira Mary Poppins
10. Felizes São Os Peixes
11. Tempo Prá Gastar
12. Dissertação do Papa Sobre o Crime Seguida de Orgia
13. Taxidermia

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Hang the DJ!

As coisas andaram paradas por aqui na última semana. O motivo foi muito especial: o casamento do nosso grande colaborador e amigo-irmão, o sempre citado Seu Rodrigues. Como um dos padrinhos, estive presente em todas as festividades que anteciparam o grande dia. O casamento foi nesse último sábado, mas a ressaca só passou agora.

Seu Rodrigues e sua senhora me pediram para dizer algumas palavras durante o cerimonial e a emoção quase me sufocou. A coisa pegou mesmo quando os noivos me deixaram assumir a mesa como DJ. Foi uma hora de black music cascuda.

Tenho o prazer de voltar à programação normal do blog com esse set tocado no último sábado, dia 20, para uns 250 convidados enlouquecidos presentes à noite mais especial do novo clã da família Rodrigues. Mixei as faixas e elas estão na exata ordem em que foram tocadas (fui anotando tudo pensando exatamente em publicar aqui depois). Só não tem as pausas para brincadeiras e os pedidos da turma com "manda James Brown, toca Kung Fu Fighting, aumenta esse som!"...

Vale destacar o momento em que um dos garçons, boa praça pra caramba, me pediu a lista das músicas que eu estava tocando. Acabei esquecendo de dizer que ia publicar aqui no blog, mas, de qualquer maneira, copiei uma lista pro cara com o maior prazer. Viva a boa música!!!

Baixe aqui o set!
Duração: 66 minutos
Tamanho: 61MB

Segue a lista:
Bongolia - Incredible Bongo Band
Dance Across the Floor - Jimmy Bo Horne
Não Quero Dinheiro - Tim Maia
Got a Thing On My Mind - Sharon Jones & The Dap Kings
I Want You Back - The Jackson 5
Bebete Vãobora/Crioula/Cadê Tereza - Jorge Ben
Fever - Marie "Queenie" Lyons
SuperWhat?- Lyle Workman
Valerie (Feat. Amy Winehouse) - Mark Ronson
Love Foolosophy - Jamiroquai
Kung Fu Fighting - Carl Douglas
Sugar - Stevie Wonder
Angel Baby (Don't Ever Leave Me) - Darrell Banks
Let's Get It On - Marvin Gaye
Aint Got No I Got Life (Groovefiinder Remix) - Nina Simone
Mané Beleza - Toni Tornado
On The Street Where I Live - King Khan & The Shrines
Yes, It's Good For You - Koko Taylor
Freedom '90 - George Michael

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

D'Além Mar

É maravilhoso quando a gente cruza com pessoas que curtem os mesmos sons que a gente defende por aqui. Influências pra este blog não faltam: do Ronca Ronca, da BBC, dos discos trocados com amigos, das conversas em mesa de bar. Dicas, papos, sons novos aparecendo a cada semana.

Há alguns dias, tive o prazer de receber um contato de Fernando Cabrita. O cara apresenta o programa Orelha Extra na Rádio Universitária de Coimbra e em mais 2 emissoras... em Portugal! O programa é uma espécie de Ronca Ronca lusitano com duas horas semanais de sons excelentes. Fernando achou o Basf 90 através do nosso podcast e me chamou para fazer parte de sua rede de amigos no Podomatic, site que abriga nosso programa.

O Orelha Extra já está aí do lado na nossa coluna "Sempre de Olho". Não deixem de ouvir. Além do sotaque tão familiar, o show traz os sons que a gente curte por aqui e muitas novidades.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Os causos do André


Histórias e bastidores da indústria fonográfica mundial estão nas páginas de "Música, Ídolos e Poder", biografia de André Midani, um ex-executivo que já foi manda-chuva de uma cacetada de gravadoras, das quais destacam-se Warner e EMI.

Na vida de André, o desprendimento e o amor pela música caminham juntos. Sua trajetória cruza com a de nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Ben e Elis Regina (aliás, a passagem de Elis pelo festival de Montreux é um trecho de arrepiar).

Da ditadura aos versos livres de "Inútil", do Ultraje a Rigor, Midani vai fazendo amigos, ganhando e perdendo amores, cruzando e desviando do egocentrismo de artistas como Rod Stewart e, acima de tudo, vivenciando o nascimento de vários movimentos. Da bossa nova ao rock nacional.

Um livro que não pode ficar parado na prateleira: é daqueles que você sente vontade de ler e emprestar. Fica aí a dica.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Podcast #10

Dezembro em ritmo produtivo por aqui. Nasce mais uma edição do podcast e, dessa vez, carimbamos o passaporte com diversas performances ao redor do mundo. Representantes do Brasil, Austrália, México, Argentina e Reino Unido.



Ouça online clicando aqui!

Baixe este episódio.

Assinar o podcast BASF 90 Minutos.

Segue a lista:
AC/DC - Money Talks
Secos & Molhados - Amor
Santana - Persuasion
Sumo - Fiebre
Nick Drake - Free Ride
U2 - The Fly

De fundo ouvimos o disco do Traffic, de 1968.
Abraços!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Spanky Wilson's in the house!

Spanky Wilson, a lenda, assume o vocal da Quantic Soul Orchestra... Aí, meu amigo, o buraco é muito mais lá embaixo. Aula de funk da melhor procedência. Destaque para o frenético encerramento com "You Can't Judge A Book By It's Cover".


1. I'm Thankful (Part 1)
2. A Woman Like Me
3. Blood From A Stone
4. Don't Joke With A Hungry Man (Part 2)
5. Don't Joke With A Hungry Man (Part 3)
6. That's How It Was
7. Message To Tomorrow
8. Waiting For Your Touch
9. You Can't Judge A Book By It's Cover
10. I'm Thankful (Part 2)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Todos contra o Violent Femmes

Como pode uma banda como o Violent Femmes continuar na ativa depois de desagradar tanto? De artigos dizendo que a voz de seu vocalista é capaz de esvaziar uma sala lotada em segundos, ou que seu baterista é o pior do mundo em qualquer banda dita "profissional"? A verdade é simples: o som dos caras é bom pra cacete. Uma mistura de folk com punk, Dylan com Ramones e umas cervejas a mais. O disco é de 1983, mas parece que foi gravado ontem. Por falar nisso, uma curiosidade: "Gone Daddy Gone" foi regravada no disco de estréia do Gnarls Barkley. Clique na capa para conferir.

1. Blister in the Sun
2. Kiss Off
3. Please do Not Go
4. Add It up
5. Confessions
6. Prove My Love
7. Promise
8. To the Kill
9. Gone Daddy Gone
10. Good Feeling

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Caipira cool

Destaque do nosso último podcast, a turma do Kings of Leon aparece por aqui com seu excelente álbum de estréia. Ainda não me animei em ouvir o disco novo da banda. Acho que depois de Youth & Young Manhood, o marketing caipira dos caras ficou meio forçado... mas vou tentar passar por cima dessa implicância e darei uma chance ao disco novo. Assim que eu conseguir parar de ouvir os lançamentos do Beck e do REM.


1. Red Morning Light
2. Happy Alone
3. Wasted Time
4. Joe's Head
5. Trani
6. California Waiting
7. Spiral Staircase
8. Molly's Chambers
9. Genius
10. Dusty
11. Holy Roller Novocaine

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

28

Faz 28 anos que o sujeito nos deixou de maneira estupidamente repentina.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Podcast #9

Nova edição com Lemonheads cruzando com Toni Tornado que, por sua vez, esbarra em Kings of Leon. No fim das contas, tudo acaba bem.

Para ouvir, clique aqui.

The Lemonheads - Alison's Starting To Happen
Incredible Bongo Band - Bongolia
Marie "Queenie" Lyons - See And Don't See
Toni Tornado - Sinceridade
Good Shoes - Small Town Girl
Radiohead - Thinking About You
Kings Of Leon - Happy Alone

Para assinar o podcast: http://basf90minutos.podOmatic.com/rss2.xml
Para baixar este episódio, clique aqui!

E aproveitando para tirar algumas dúvidas do pessoal que usa iTunes: para se inscrever no podcast e receber as atualizações automaticamente, basta ir no menu "Avançado", depois em "Assinar podcast". Pra finalizar, é só colar o link do RSS acima na caixa de texto que aparecerá.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Terapia coletiva

Em 1995, a música vivia mais uma das suas reviravoltas: Kurt Cobain havia se suicidado no ano anterior e os olhos agora saíam da chuvosa Seattle e voltavam-se para a não menos chuvosa Manchester. Com o fim do Nirvana, os irmão Gallagher assumiam o papel de novos manda-chuvas (com trocadilho) da cena musical.

Enquanto tudo mudava, Dave Grohl, ex-baterista do Nirvana, estava em casa e gravava sozinho todos os instrumentos do disco que o tiraria da sombra de Kurt. Nascia o Foo Fighters.

O álbum de estréia vinha com refrões marcantes, riffs caprichados e muito barulho logo no começo com as pancadas "This is a Call" e "I'll Stick Around", faixas separadas apenas pelo tempo de uma respiração. Acima de tudo, a mensagem do disco está mais no processo e no contexto em que foi produzido do que nas músicas: foi o grito de liberdade de Grohl e uma terapia coletiva para os fãs do Nirvana que ainda estavam de luto.


1. This Is A Call
2. I'll Stick Around
3. Big Me
4. Alone + Easy Target
5. Good Grief
6. Floaty
7. Weenie Beenie
8. Oh, George
9. For All The Cows
10. X-Static
11. Wattershed
12. Exhausted

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Que disco você salvaria de um incêndio?

A pergunta faz parte dos questionários de 11 entre 10 revistas de música quando rola aquele esquema direto e reto de "pergunta-resposta": se sua casa estivesse pegando fogo, que disco você voltaria correndo pra salvar? A chatinha Sheryl Crow ganhou minha simpatia quando disse que salvaria Let It Bleed, dos Stones.

Eu ficaria numa situação difícil por perder a casa e os discos, mas como salvar o iPod não faz parte da brincadeira, entraria correndo pra buscar o primeiro desses caras aqui:


Mesmo porque, provavelmente, o incêndio começou por causa desse discaço... E vocês? Que discos salvariam?

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Yeah, Yeah, Yeah...Wow!

Bastou citar a música "Dead Flowers" em um dos comentários abaixo e já puxei da prateleira Sticky Fingers, dos Stones. Não vou gastar o tempo de vocês dizendo o que todo mundo já disse sobre esse álbum, então vamos resumir: discaço pra começar bem a semana!


1. Brown Sugar
2. Sway
3. Wild Horses
4. Can't You Hear Me Knocking
5. You Gotta Move
6. Bitch
7. I Got The Blues
8. Sister Morphine
9. Dead Flowers
10. Moonlight Mile

A propósito, o título do post é uma referência direta a "Brown Sugar" e uma lembrança do show dos Stones em Copacabana. Foi engraçado ver milhões de pessoas caladas durante a música só esperando cantar o trecho da letra que elas conheciam... "Yeah, Yeah, Yeah...Wow!"

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Fim de semana com os vampiros

Em um ano de ótimos álbuns, os caras do Vampire Weekend figuram em todas as listas de melhores lançamentos de 2008. Ao que tudo indica, a mistura de sons da banda agradou em cheio quem procurava algo diferente para ouvir. Confesso que, de primeira, estranhei um pouco o disco. O som dos caras é mais diversificado do que o single "A-Punk", a canção mais chiclete, faz parecer.

No fim das contas, temos um disco que não vai te fazer pular, mas que, com certeza, vai arrancar aqueles movimentos em que você, sentado na cadeira, fica balançando o corpo de um lado pro outro. É quase um reflexo.


1. Mansard Road
2. Oxford Comma
3. A-Punk
4. Cape Cod Kwassa Kwassa
5. M79
6. Campus
7. Bryn
8. One (Blake's Got A New Face)
9. I Stand Corrected
10. Walcott
11. The Kids Don't Stand A Chance

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Filho feio

Ao que tudo indica, o Radiohead vem por aí. Infelizmente, nos shows, a banda tem o costume de ignorar Pablo Honey, seu disco de estréia. É provável que já não gostem de tocar faixas desse álbum "tão comercial" que acabou virando o filho feio da banda.

Não sou o maior fã dos caras e achei Kid A, por exemplo, um disco chato demais. Pra falar a verdade, da discografia deles, eu fico com o lado mais agradável aos ouvidos: Pablo Honey, The Bends e In Rainbows. Devo ser uma das poucas pessoas que não caiu de amores por OK Computer... Questão de gosto.

Mas vamos ao assunto: Pablo Honey, disco lançado em 93, traz "Creep", "Vegetable" e a belíssima "Thinking About You". Sinceramente, acho uma pena que essa última fique de fora do setlist da banda. Clique na capa para conferir.

1. You
2. Creep
3. How Do You?
4. Stop Whispering
5. Thinking About You
6. Anyone Can Play Guitar
7. Ripcord
8. Vegetable
9. Prove Yourself
10. I Can't
11. Lurgee
12. Blow Out

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Vergonha em 3 etapas

Tem coisas na vida que nunca deveriam ter acontecido. Chinese Democracy é uma delas...

Eu tentei ouvir o disco do Marcelo Camelo, mas acho que ele esqueceu de gravar o disco. Aquela é a fita demo, não é não?

Pra fechar a tampa, outro dia estava assistindo TV e me deparei com esse clipe. Ele despertou em mim um sentimento de vergonha alheia muito forte. Não tentem assistir até o final. Vocês não merecem.


Acreditem, eu não estou de mau humor. E me desculpem por ter postado o clipe acima. Foi só pra dividir esse sentimento de que alguma coisa anda muito errada nos autodenominados "canais de música e variedades" como MTV e Multishow. Antigamente a coisa era mais variada, né? Tinha lixo, mas não era lixo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Podcast #8

Mais uma edição do nosso podcast, misturando gerações e estilos de música. De Rancid a Simon & Garfunkel.

Se quiser, mande comentários por escritos ou por áudio (formato mp3, 128 Kbps, tamanho máximo de arquivo 2MB). Só não esqueça de autorizar a utilização da sua voz no podcast ao enviar a mensagem, ok? Um abraço!

Ordenando nossa lista:
Jimi Hendrix - Can You See Me?
The Rakes - Strasbourg
Rancid - Old Friend
Traffic - Medicated Goo
Simon & Garfunkel - The Big Bright Green Pleasure Machine
Johnny Cash - One

No background, o disco Capture/Release, do Rakes.
Assine o podcast ou baixe este episódio.

domingo, 23 de novembro de 2008

Limonada

Os cabeças de limão invadem o blog com um disco que dificilmente é incluído em listas de melhores isso ou melhores aquilo, mas esse álbum já fez muita gente feliz. Pop radiofônico da melhor qualidade. Safra de 1992.


1. Rockin Stroll
2. Confetti
3. It's A Shame About Ray
4. Rudderless
5. Buddy
6. The Turnpike Down
7. Bit Part
8. Alison's Starting To Happen
9. Hannah & Gabi
10. Kitchen
11. Ceiling Fan In My Spoon
12. Frank Mills
13. Mrs. Robinson

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

That 68's album

Disco clássico do Traffic. Esse figura em qualquer coleção de quem gosta do bom e velho roquenrol. O álbum original é de 1968, mas essa edição traz diversas faixas-bônus. Clique na capa para baixar.


1. You Can All Join In
2. Pearly Queen
3. Don't Be Sad
4. Who Knows What Tomorrow May Bring
5. Feelin' Alright
6. Vagabond Virgin
7. Forty Thousand Headmen
8. Cryin' to Be Heard
9. No Time To Live
10. Means To An End
11. Here We Go 'Round The Mulberry Bush [*]
12. Am I What I Was Or Am I What I Am [*]
13. Withering Tree [*]
14. Medicated Goo [*]
15. Shanghai Noodle Factory [*]

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Três traços

- Segue em alta rotação o disco do Rakes.

- Descobri que o Fábio Massari tem um novo programa na Oi FM chamado Etc. Vai ao ar aos domingos, às 22h. As edições anteriores podem ser ouvidas na internet. Mais uma boa opção para quem curte sons legais.

- No mais, chove chuva. Chove sem parar no Rio.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Alô, wiki-pelas!

É muita pretensão querer ouvir tudo que se lança e ter opinião sobre tudo. Hoje em dia, com tantos especialistas wikipédicos de plantão (os wiki-pelas), muita gente considera um absurdo você não discursar fluentemente sobre a forma mais barata de fazer uma bomba atômica, a crise americana ou sobre esse disco do Rakes.

Pois bem, vou provocar o asco dos amantes da Wikipedia dizendo que o disco Capture/Release foi lançado em 2005, mas eu só ouvi pela primeira vez essa semana. Gostei pra caramba dos caras, soube que eles já lançaram um segundo disco e estão quase lançando o terceiro. Mas, pra ser sincero, não vou correr atrás. É que esse desceu tão bem e eu ainda estou curtindo. Não quero descartar algo que eu achei legal e partir correndo pra ver se os caras mantiveram o nível no segundo álbum.

Essa estréia do Rakes é legal. Merece uma atenção melhor do que ser baixado e esquecido dentro de um mp3 player.


1. Strasbourg
2. Retreat
3. 22 Grand Job
4. Open Book
5. The Guilt
6. Binary Love
7. Animals
8. Violet
9. T Bone
10. Terror
11. Work Work Work (Pub Club Sleep)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Ah, Paulinho...


Não estou em casa, mas consegui roubar alguns minutos do computador alheio para fazer um breve comentário. E é sobre nosso amigo Paul McCartney.

De uns tempos pra cá - e isso piorou depois do divórcio milionário - o Paul tem apelado para manter os Beatles nas prateleiras. Primeiro foi Let It Be... Naked, um negócio pavoroso equivalente ao "prequel", idéia que o George Lucas criou (ou, pelo menos, ajudou a propagar) com o novo Star Wars. Algo que, geralmente, não acrescenta em nada, só mostra que o original é melhor.

Pouco depois, Paulinho, Yoko & Cia autorizaram Love, um disco caça-níquel que foi rejeitado até pelos mais fanáticos. Agora ele vem com uma nova canção psicodélica de 14 minutos com ruídos, sons agudos e blábláblá. Tudo para aguçar os fanáticos beatlemaníacos. Paulinho pagou caro pelo divórcio e vai manchando sua reputação com lançamentos cada vez mais forçados. Infelizmente, tem público pra essas coisas. Gente que compra livros que o autor não quis lançar em vida, discos inéditos e pavorosos com gravações caseiras (Renato Russo não sai das prateleiras e o cara faleceu há 12 anos!).

Falta a assinatura de Yoko e da viúva de George Harrison para que a faixa de 14 minutos chegue aos nossos ouvidos. Mas alguém duvida que elas vão assinar? Me pergunto o que Lennon, o mais ácido e desbocado dos quatro, diria sobre esse lançamento. Mas quem se importa? O negócio é vender até a mãe... Tá gasta, mas tem experiência!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

No ar

Lembrando que já está no ar a edição especial do nosso podcast, exclusivamente no Podomatic.

Se quiser assinar e receber as atualizações, basta
clicar aqui.

Se estiver usando iTunes, você pode atualizar o podcast automaticamente. É só ir até "podcasts", clicar em "avançado", "assinar podcast" e colar o seguinte rss:
http://basf90minutos.podOmatic.com/rss2.xml

Abraços.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

:(


Mitch Mitchell, baterista conhecido pela parceria com Jimi Hendrix nos anos 1960, morreu ontem aos 62 anos de idade.

Mitchell foi encontrado morto em seu quarto de hotel em Portland, Oregon. Um porta-voz do instituto médico legal do condado de Multnomah disse que ele aparentemente morreu por causas naturais, embora um laudo formal ainda não tenha sido divulgado. O músico estava em turnê pelos EUA.

***
O cara era um baterista que a gente só pode classificar abrindo mão da educação: foda pra caralho! Que tal fazer uma hora de barulho em homenagem ao Jimi Hendrix Experience? Pegue um disco e mande o som no talo. Se quiser, tem uma ótima indicação aqui.

Pornô

O Primal Scream é uma banda que transita do rock ao eletrônico com uma naturalidade de deixar atriz pornô encabulada. Por isso, uma coletânea dos caras traz fases completamente diferentes de três em três músicas. Guitarras com riffs fantásticos dão o tom de "Jailbird", cruzam com baladas como "Cry Myself Blind" e são atropeladas pelas massacrantes batidas de "Miss Lucifer" ou pelo irracional som saturado de "Accelerator".

O fato é que o Primal Scream se inventa, se desdobra e nunca se limita ao simples rótulo de "banda de rock". E isso feito com a competência de quem não deixa a peteca cair há décadas. Coletânea sensacional.


1. Loaded (Edited Version)
2. Movin' On Up
3. Come Together (7" Mix)
4. Higher Than The Sun
5. Rocks
6. Jailbird (Original Mix)
7. (I'm Gonna) Cry Myself Blind
8. Burning Wheel (New Edit)
9. Kowalski (New Edit)
10. Long Life
11. Swastika Eyes (Edit)
12. Kill All Hippies (Brendan Lynch Edit)
13. Accelerator
14. Shoot Speed / Kill Light
15. Miss Lucifer
16. Deep Hit Of Morning Sun
17. Some Velvet Morning (New Version)
18. Autobahn 66

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

De volta para o futuro

Eu vivo lembrando aqui de como era difícil descolar algo novo para ouvir até a primeira metade da década de 90. As fontes de informação eram meia dúzia de revistas de música (Bizz, Rock Brigade e outras menores) e a MTV, que ainda cumpria sua missão de mostrar clipes, ditava as novidades. Às vezes, algum amigo aparecia para mostrar a fita que outro amigo gravou com umas bandas novas.

Se você quisesse ouvir algo diferente, não tinha Google e nem mp3 pra te ajudar. Você tinha que levantar a bunda da cadeira, ir até uma daquelas lojas de disco com um cabeludo com camisa do Megadeth atrás do balcão e perguntar pelas indicações dele. Não tinha como abrir o plástico do CD para ouvir, não tinha como passar código de barras em maquininha para ter uma prévia do disco. Estamos presos em 1995, esqueceu?

O lance era ficar descrevendo pro cara algo mais ou menos parecido com o tipo de som que você queria ouvir. E o sujeito ia até o estoque e trazia alguma coisa diferente para você. Esse disco do Rancid é um marco pra mim, pois, a partir dele, comecei a me desligar das imposições da MTV (tudo bem, o Rancid tinha um clipe na MTV, mas o som deles era sujo demais para estourar). Passei a conversar mais com essa turma de loja de discos. Os caras realmente conheciam o que estavam vendendo.

Sobre o disco, posso dizer que a faixa de abertura, Maxwell Murder, dá o tom da coisa. O melhor do Rancid é ter um baixista habilidoso, que consegue levantar o som da banda com um, acredite, toque de jazz frenético em meio àquele som sujo.

Depois de escrever esse texto, deu até vontade de visitar aquelas lojas de novo. Mas elas fecharam. Estamos em 2008, esqueceu?


1. Maxwell Murder
2. The 11th Hour
3. Roots Radicals
4. Time Bomb
5. Olympia, Wa
6. Lock, Step, & Gone
7. Junkie Man
8. Listed M.I.A.
9. Ruby Soho
10. Daly City Train
11. Journey To The End Of The East Bay
12. She's Automatic
13. Old Friend
14. Disorder And Dissarray
15. The Wars End
16. You Don't Care Nothin'
17. As Wicked
18. Avenues And Alleyways
19. The Way I Feel

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Fuzilando o Young Knives

Os caras do Young Knives têm pinta de nerd. Daqueles que vivem em laboratórios e apanham dos mais populares da faculdade. Só isso já seria o suficiente para que a banda entrasse no nicho do Weezer, garantisse uns bons milhares de discos vendidos e alguma popularidade. Mas a verdade é que o trio inglês arrisca mais que os nerds americanos nas batidas e nos riffs, chegando a ser classificado por alguns como pertencente a um filo não muito distante do Franz Ferdinand.

Após o lançamento desse disco, Superabundance, a banda foi fuzilada pelas críticas de muitas revistas de música. A Pitchfork chegou a dizer que o Young Knives lançou um disco tão sem atrativos que, se fôssemos ouvir as bandas parecidas com eles, a tarefa só terminaria em 2010. Isso foi dito como se todo e qualquer disco lançado até hoje tivesse a obrigação de salvar o mundo e iluminar a Humanidade.

Sinceramente? Deixe todo o azedume da crítica de lado e ouça um álbum divertido, bem tocado e sem compromisso (aliás, desde quando rock significa compromisso?). Talvez esse tenha sido o "crime" do Young Knives: se divertiram fazendo um disco em vez de tentar salvar o mundo.


1. Fit 4 U
2. Terra Firma
3. Up All Night
4. Counters
5. Light Switch
6. Turn Tail
7. I Can Hardly See Them
8. Dyed In The Wool
9. Rue The Days
10. Flies
11. Mummy Light The Fire
12. Current Of The River + Long Cool Drinks By The Pool (hidden track)

domingo, 9 de novembro de 2008

REM no Rio

Nosso colaborador Gerson (vulgo SS) registrou ontem a situação do show do REM às 21:20 (faltando 40 minutos para o show começar). Relata que, por volta das 22:00, o lugar ficou um pouco mais cheio, mas estava abaixo de 50% da capacidade. Um absurdo causado pelo preço dos ingressos.


O vídeo abaixo está escuro, mas dá uma idéia da situação meia hora antes do horário marcado para o início do show. A apresentação, na verdade, começou com 40 minutos de atraso, às 22:40. Apesar do pouco público, foi uma performance sensacional da banda.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A breve saga de Nick Drake

Em sua curta carreira, Nick Drake lançou três discos que foram um fracasso de público e crítica. Ao lançar o segundo álbum, Drake tinha certeza de que havia criado algo especial. O disco Bryter Layter é hoje a inspiração do som de bandas como Belle and Sebastian, mas, ao ser lançado em 1970, foi ignorado pelas publicações musicais e recebeu críticas frias.

A postura de Nick Drake também não ajudava. Extremamente tímido, o jovem de vinte e poucos anos mal falava com o público nos shows. Geralmente, suas apresentações eram definidas como algo torturante de se assistir devido ao seu visível desconforto e olhos sempre mirando o chão.

Com dois discos fracassados, ele precisou se esforçar para que a gravadora comprasse a idéia de um terceiro projeto. O disco foi gravado em duas noites. No estúdio, apenas Drake, seu violão e o técnico de som. O disco se chamava Pink Moon, um registro extremamente íntimo de voz, violão e uma carga emocional bem forte.

Diz a lenda que Drake deixou as fitas da gravação na portaria da gravadora sem dizer nada à secretária. O material ficou uma semana na mesa até ser achado. Negou-se a promover o disco e teve mais um fracasso de vendas.

Nick Drake morreu em 1974, aos 26 anos, de uma overdose de pílulas. Em 2003, a revista Rolling Stone colocou os três discos de Drake na lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos. Ele é o único artista a ter sua discografia completa na lista.


1. Pink Moon
2. Place To Be
3. Road
4. Which Will
5. Horn
6. Things Behind The Sun
7. Know
8. Parasite
9. Free Ride
10. Harvest Breed
11. From The Morning

terça-feira, 4 de novembro de 2008

42 minutos do segundo tempo

O ano vai chegando ao fim e acho que podemos dizer que 2008 foi dos veteranos. Nos últimos meses tivemos lançamentos que foram grandes voltas por cima (caso do novo do REM), uma quebra de silêncio em grande estilo (novo The B52's), mais uma metamorfose de Beck (seu Modern Guilt arrebenta) e agora, aos 42 do segundo tempo, contando os minutos para o ano acabar, quem chega chutando a porta?


1. Underneath the Stars
2. Only One
3. Reasons Why
4. Freakshow
5. Sirensong
6. Real Snow White
7. Hungry Ghost
8. Switch
9. Perfect Boy
10. This. Here and Now. With You
11. Sleep When I'm Dead
12. Scream
13. It's Over

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

100º post

Chegamos ao centésimo post! Em comemoração, evocaremos mais uma vez as graças de São Dylan para abençoar o blog com um disco sensacional.

Se ainda não ouviu, não perca tempo. Esse é o famoso álbum no qual Dylan aponta em direção ao folk rock pela primeira vez, o que, na época, irritou muita gente por causa do uso de guitarras.

Nosso esquema de sempre: clique na capa.


1. Subterranean Homesick Blues
2. She Belongs To Me
3. Maggie's Farm
4. Love Minus Zero/No Limit
5. Outlaw Blues
6. On The Road Again
7. Bob Dylan's 115th Dream
8. Mr. Tambourine Man
9. Gates Of Eden
10. It's Alright, Ma (I'm Only Bleeding)
11. It's All Over Now, Baby Blue

sábado, 1 de novembro de 2008

Ouça apenas o que você puder pagar

Vários blogs legais como o Rock For Masses e o 1001 Albuns Project (ambos na nossa coluna Sempre de Olho) estão tendo seus posts e links apagados por colocar material para seus frequentadores baixarem.

Já bati nessa tecla milhares de vezes e vou repetir: as gravadoras ganhariam muito mais se baixassem os preços de seus cds. Pagar R$ 40 pratas em um cd simples é muita sacanagem. É o tipo de negociação que só é boa pra um lado.

Não é com preços altos que as gravadoras vão sair dessa crise. Não é com ingresso a R$ 500 que se lota um estádio. Estou dizendo alguma coisa sem sentido? Quanto menos vendem, mais aumentam o preço. Isso é suicida.

Há pouco vi edições especiais de discos lançados pela MTV. Tudo em caixas mais baratas, de papel, ao preço de R$ 12. Até legal, mas não vende. Não vende porque é tarde demais. Quando as pessoas queriam ouvir aqueles discos, eles custavam R$ 30 e elas foram comprar 3 por R$ 10 no camelô ou baixaram na internet.

As gravadoras deviam tratar o consumidor com mais respeito, isso sim. Afinal, eu adoraria ter o original de tudo que baixei. Mas pagar R$ 40 pelo disco e mais R$ 500 pelo show te faz sócio da banda, não fã.

Afinal, o que é justo? Só ouvir o que eu posso pagar?

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Podcast #7

Sétima edição do podcast BASF 90 Minutos. Logo de cara começamos com os Rolling Stones e sua "Star Star" (ou, se preferir, Star Fucker). A seguir, Vampire Weekend, um dos álbuns mais celebrados deste ano. Algumas considerações sobre os shows que o REM faz no Brasil agora em novembro. Voltamos nossos ouvidos ao soul de Otis Redding e ouvimos também a preferida da casa, Koko Taylor. Nosso passeio termina com Chapterhouse, representante do movimento shoegaze, com uma faixa do disco Whirlpool, de 1991.

A lista, então, fica assim:
Rolling Stones - Star Star (Star Fucker)
Vampire Weekend - A-Punk
REM - Living Well Is The Best Revenge
Otis Redding - Hard To Handle
Koko Taylor - Wang Dang Doodle
Chapterhouse - Breather

De trilha sonora, o disco Goats Head Soup, dos Stones.

Assine o podcast ou baixe este episódio em boa qualidade.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

9 dias

Falta pouco mais de uma semana para o REM aparecer por aqui. Com essa recente onda de cancelamento de shows em cima da hora, os fãs com ingresso na mão devem estar duplamente ansiosos. Calma, turma. A urucubaca já foi toda em cima dos organizadores do Tim Festival (coitados).

Mesmo com o preço abusivo dos ingressos, será que a Arena vai encher? Vai ser um senhor show, tenho certeza, mas não consigo pagar R$ 500 de entrada e achar que fiz um bom negócio.

Alguém que frequenta o blog vai? Mande fotos e comentários do show para basf90minutos@yahoo.com

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Algo no caminho

Estou num momento Nirvana desde o fim de semana. Dei uma lida no site do Ronca Ronca sobre as Peel Sessions, apresentações de bandas ao vivo no programa de John Peel (falecido DJ da BBC). Lá era citada uma sessão com o Nirvana. Comecei a puxar uns discos da prateleira e ouvir. Já fazia um tempo que não escutava. Comecei com Nevermind, passei por In Utero e ainda Incestcide. Há pouco estava ouvindo o Bleach, que só tenho em mp3.

A sessão do Nirvana ao vivo eu tinha receio de ouvir. Recordo até hoje do pavoroso concerto do Hollywood Rock. Se eu tivesse um pouco mais de imaginação, poderia até prever, depois daquele desastre em forma de show, que a banda não duraria nem mais dois anos.

Eis que tomo coragem e baixo um arquivo com quatro apresentações do Nirvana na BBC entre 1989 e 1991. São excelentes! A banda estava em forma e arrebentando. Algumas versões dessas músicas já tinham aparecido no Incestcide e o encarte do disco confirma: foram mesmo gravadas na BBC. O material é ótimo e segue em alta rotação por aqui.

Na capa, a homenagem a John Peel. Clique nela para baixar.


01 Love Buzz
02 Spank Thru
03 About A Girl
04 Polly
05 Molly's Lips
06 Son Of A Gun
07 Turnaround
08 D-7
09 Aneurysm
10 Been A Son
11 Something In The Way
12 (New Wave) Polly
13 Dumb
14 Drain You
15 Endless Nameless

Faixas 1-4: "The John Peel Show"
Gravado em 26 de outubro de 1989.
Programa levado ao ar no dia 22 de novembro de 1989.

Faixas 5-8
: "The John Peel Show"
Gravado em 21 de outubro de 1990.
Programa levado ao ar no dia 3 de novembro de 1990.

Faixas 9-12:
"Mark Goodier's Evening Session"
Gravado em 9 de novembro de 1991. Programa levado ao ar no dia 18 de novembro de 1991.

Faixas 13-15:
"The John Peel Show"
Gravado em 3 de setembro de 1991.
Programa levado ao ar no dia 3 de novembro de 1991.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Curtindo a culpa moderna

No último podcast mostramos uma faixa desse novo disco do Beck. Ao que tudo indica nas melhores publicações musicais, esse ilustre fã dos Mutantes deve sair com o título de melhor álbum do ano. E, na boa, dá muito prazer ouvir esse disco do cara.


1. Orphans
2. Gamma Ray
3. Chemtrails
4. Modern Guilt
5. Youthless
6. Walls
7. Replica
8. Soul Of A Man
9. Profanity Prayers
10. Volcano

E por falar em podcast, vale o lembrete: a página exclusiva do podcast é http://basf90minutos.podOmatic.com

O link direto para assinar o podcast é http://basf90minutos.podOmatic.com/rss2.xml

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Olhos fechados

Mais um cara que demorou demais a aparecer nesse blog. Essa coletânea de Otis Redding fica como trilha sonora do fim de semana. Quer uma dica? Ouça à noite, de olhos fechados.


1. Respect
2. Mr. Pitiful
3. Love Man
4. (I Can't Get No) Satisfaction
5. Security
6. I Can't Turn You Loose
7. Shake
8. Hard To Handle
9. Tramp
10. Fa-Fa-Fa-Fa-Fa (Sad Song)
11. My Lover's Prayer
12. These Arms Of Mine
13. That's How Strong My Love Is
14. Cigarettes And Coffee
15. My Girl
16. A Change Is Gonna Come
17. I've Been Loving You Too Long
18. Try A Little Tenderness
19. Pain in My Heart
20. (Sittin' On) The Dock Of The Bay

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Tapa no tédio

Disquinho que passou totalmente em branco pelas prateleiras, esse Take Them On, On Your Own, do Black Rebel Motorcycle Club, é um tapa no tédio. Os primeiros acordes do baixo de "Stop" hipnotizam e abrem passagem para um dos álbuns mais incríveis dessa década. Até os momentos mais calmos (ou seriam os menos tensos?) têm uma atmosfera pesada, como a sufocante "And I'm Aching".

Se você ainda não cruzou com esse disco, agora é a hora. Ouça em alto e bom som para o seu vizinho ter uma opinião sobre o assunto também.


1. Stop
2. Six Barrel Shotgun
3. We're All In Love
4. In Like The Rose
5. Ha Ha High Babe
6. Generation
7. Shade Of Blue
8. US Government
9. And I'm Aching
10. Suddenly
11. Rise Or Fall
12. Going Under
13. Heart + Soul

O tosco e confuso clipe de We're All In Love. E, acredite, isso foi um elogio:

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Furou

Semana passada, foi o Gossip quem deu pra trás. Hoje, a inesperada notícia:

A assessoria do TIM Festival divulgou na manhã desta segunda-feira que foram canceladas as duas apresentações que o músico Paul Weller faria esta semana no evento. De acordo com o comunicado, na noite da sexta a produção do artista informou que o cancelamento foi devido a problemas com o visto de um dos integrantes da banda que o acompanha. Nesta quarta-feira, a organização do evento anunciará a nova configuração do palco Bossa Mod, onde os artistas se apresentariam, e dará as orientações para aqueles que desejarem trocar seu ingresso ou receber o dinheiro de volta.

Nascido no Brasil e residente em Londres desde os dois anos de idade, o pianista anglo-brasileiro Andrew John Gonçalves, hoje com 31 anos, teve o visto de trabalho em seu passaporte britânico suspenso, mesmo depois de inicialmente autorizado. Apesar de todos os esforços - que incluíram apoio político e diplomático nos dois países - , não foi possível alterar a decisão, já que nossa legislação não permite a concessão de visto de trabalho a cidadãos brasileiros.

A alternativa apresentada seria a obtenção de passaporte brasileiro em regime especial. Mas a inexistência da documentação brasileira mínima necessária inviabilizou este caminho. A outra alternativa possível, do ponto de vista legal, seria a renúncia de Andrew à nacionalidade brasileira. Entretanto, este pedido levaria de 30 a 60 dias para tramitar nas diversas instâncias, até ser publicado no Diário Oficial e transmitido de volta a Londres após a sua conclusão.

Fonte: site do jornal O Globo

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Esquentando os motores

Apesar de ser o grande destaque do Tim Festival deste ano, acredito que a carreira solo de Paul Weller não seja muito conhecida por aqui. O cara acumula hits no Reino Unido, mas fora de lá ele é mais conhecido pela guitarra e vocal do The Jam.

Às voltas com a chegada de Weller, nosso blog segue com o mais novo disco dele, 22 Dreams, e uma coletânea com os clássicos do cara em carreira solo. Um pop rock eficiente e agradável aos ouvidos.

Segundo dizem, ao vivo o buraco é mais embaixo e a banda vem com mais peso e vitalidade. Os fãs brasileiros vão ter chance de conferir isso na próxima semana.

22 Dreams, o novo álbum:


Modern Classics, a coletânea:

Aproveitando a deixa, um vídeo de Weller tocando "Sunflower" ao vivo. Tremendo tapa no ouvido.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

$

Apesar de estar em uma de suas edições mais fracas, ainda penso em ir ao Tim Festival desse ano. A estrutura do festival é muito boa, as tendas são refrigeradas, o som é ótimo e os preços estão justos (R$ 140 a inteira). Vai depender de quanto $ sobra para o fim do mês. Do REM estou oficialmente fora.

A gente que gosta de ouvir o tal do roquenrol fica batendo cabeça o ano inteiro atrás de atrações interessantes e outubro acaba sendo o mês mais aguardado por causa do Tim Festival. Foi no Tim que vi um excelente show dos Strokes tocando material (inédito na época) do terceiro disco. Os caras ainda tocaram o "Is This it" completo.

Quem estiver animado e quiser dar uma olhada nos preços, basta clicar aqui. E amanhã tem especial Paul Weller no blog.

Abraços!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Background

O background do nosso último podcast foi animado por essa coletânea de singles do Clash. Já estava mais do que na hora da banda aparecer no blog.


1. White Riot
2. Remote Control
3. Complete Control
4. Clash City Rockers
5. White Man in Hammersmith Palais
6. Tommy Gun
7. English Civil War
8. I Fought the Law
9. London Calling
10. Train in Vain
11. Bankrobber
12. The Call Up
13. Hitsville UK
14. Magnificient Seven
15. This is Radio Clash
16. Know Your Rights
17. Rock the Casbah
18. Should I Stay or Should I Go

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Podcast #6

Alguma bizarrice digital tirou o podcast do ar hoje. Como não sei o que foi, estou publicando novamente.



Segue a lista das músicas:
The Clash - Complete Control
Be Your Own Pet - The Kelly Affair
The Kooks - Do You Wanna
Beck - Youthless
Moby Grape - Omaha
Suede - The Drowners

Atualização:
Agora nosso podcast tem uma página só para ele. Lá você pode ouvir todas as edições e fazer download dos episódios: http://basf90minutos.podOmatic.com


O link direto para assinar o podcast é http://basf90minutos.podOmatic.com/rss2.xml
Lembrando que, na nova página, o último programa foi postado com qualidade 128kpbs.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O plano superior

Em 1998, o Oasis ainda vivia com a fama de uma banda que tinha derrapado apenas em um disco (o terceiro e cansativo "Be Here Now"). A gravadora, então, sondou o grupo sobre a idéia de lançar uma coletânea. Noel se negou e disse que eles ainda tinham muito a apresentar. A gravadora insistiu e Noel fez uma outra proposta: que tal lançar uma coletânea apenas com os lados B do Oasis?

Foi dessa idéia que surgiu "The Masterplan", uma coletânea com músicas que estavam nos primeiros singles da banda e que foram votadas pelos fãs. A verdade é que o disco serve para levantar a moral do Oasis depois do criticado álbum de 97. Eles fizeram questão de abrir a coletânea com "Acquiesce", música que seria o single dos sonhos de qualquer banda, mas que, nas mãos de um Oasis produtivo, foi lançada como um simples lado B do single de "Some Might Say". Perguntado sobre o porquê desta ser a única canção em que os irmãos dividem os vocais (Liam canta os versos, Noel canta o refrão), o guitarrista saiu com uma de suas frases: "Eu não lembro se foi porque Liam não conseguiu alcançar o tom certo ou se foi porque ele estava no pub."

O disco traz músicas sensacionais como "Talk Tonight", "Listen Up" e a punk "Headshinker", prova de que a banda estava em ótima forma nos primeiros dois álbuns. Com essas 14 faixas, os irmãos Gallagher queriam mostrar ao mundo que ainda tinham muitos tiros a dar. Pena que, a partir daqui, a pontaria dos caras só piorou.


1. Acquiesce
2. Underneath The Sky
3. Talk Tonight
4. Going Nowhere
5. Fade Away
6. The Swamp Song
7. I Am The Walrus (Live)
8. Listen Up
9. Rockin' Chair
10. Half The World Away
11. (It's Good) To Be Free
12. Stay Young
13. Headshrinker
14. The Masterplan

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Alma

Voltamos a paquerar os clássicos com essa descaralhante estréia solo de Ronnie Lane, a alma por trás do Faces. Além de ter sido o autor das músicas mais bonitas da banda, o cara ainda era um cantor do caramba. Cansou de fazer escada para a estrela de Rod Stewart brilhar e seguiu seu caminho com uma genialidade ímpar e uma nova banda, a Slim Chance. Discaço do começo ao fim!


1. Careless Love
2. Don't You Cry For Me
3. Bye and Bye (Gonna see the King)
4. Silk Stockings
5. The Poacher
6. Roll on Babe
7. Tell Everyone
8. Amelia Earhart's Last Flight
9. Anymore For Anymore
10. Only A Bird In A Gilded Cage
11. Chicken Wired

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Do outro lado do ártico

O primeiro disco do Arctic Monkeys veio acompanhado de singles excelentes. Tomei a liberdade de separar apenas os lados B desses compactos e coloquei as faixas em ordem cronológica. Deixei de fora somente as músicas que já estavam no primeiro disco da banda para não repetir material que a maioria de vocês já deve ter. Para baixar, basta clicar aqui.


1. Bigger Boys And Stolen Sweethearts
2. Chun Li's Spinning Bird Kick
3. Leave Before The Lights Come On
4. Put Your Dukes Up John
5. Baby I'm Yours
6. Stickin To The Floor
7. 7
8. Cigarette Smoker Fiona
9. Despair In The Departure Loung
10. No Buses
11. Who The Fuck Are Arctic Monkeys

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Mãos ao alto

O fato é que a discussão se Revolver é ou não o melhor disco dos Beatles parece eterna. Eu diria que sim, alguns dos meus amigos diriam que não e seguiríamos até as 2 da manhã com argumentos e teses, sem chegar a nenhum acordo.

Atenção para a faixa "Tomorrow Never Knows", que foi sampleada em "Setting Sun" do Chemical Brothers quase 30 anos depois!


1. Taxman
2. Elenor Rigby
3. I'm Only Sleeping
4. Love You To
5. Here There And Everywhere
6. Yellow Submarine
7. She Said She Said
8. Good Day Sunshine
9. And Your Bird Can Sing
10. For No One
11. Doctor Robert
12. I Want To Tell You
13. Got To Get You Into My Life
14. Tomorrow Never Knows

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O golpe da pista VIP


Ontem foram divulgados os preços para o show do REM no Rio. Cuidado, cardíacos:

Pista vip - R$ 483 (a inteira)
Pista normal - R$ 230 (inteira)
Cadeiras Nível 1 - R$ 276 (inteira)
Cadeiras Nível 3 - R$ 138 (inteira)

Agora, vamos às considerações:

Na Arena do Rio, as cadeiras de nível 3 são uma porcaria. Você não vai conseguir ver o show direito e a acústica lá em cima é ruim. Você vai ficar ouvindo eco das guitarras e estouros da bateria. Isso é fato. As cadeiras de nível 1 são logo abaixo, mas de uma proximidade tão ridícula das de nível 3, que nem vale a pena pagar a diferença e, acredito, ali deve rolar o mesmo problema de som / distância do palco.

Agora volto minha fúria contra a tal "pista vip", idéia nascida há pouco tempo no show do Police. Um tremendo golpe para faturar. Dividir a platéia da pista é uma idéia absurda e, sinceramente, acho que não deveríamos nos acostumar com isso. Imagino que, no fundo, a tal pista vip existe para acomodar convidados e gente que vai para ser fotografada. Infelizmente, as vendas aceleradas da pista vip do show da Madonna só deram argumentos para que essa separação virasse prática de mercado.

Sinceramente? Acho que o show, com esses preços, vai estar longe de encher. E acredito até que role o que aconteceu no Bob Dylan. Depois de meia hora de show, ninguém respeitava mais nada. Gente das cadeiras nível 3 estava indo para as de nível 1 e, logo depois, houve invasão da pista. O motivo? O lugar estava vazio.

O REM fez um disco ótimo e eu adoraria vê-los ao vivo, mas já penso seriamente em desistir. E se essa onda de "pista vip" veio pra ficar, eu também vim para ficar. Em casa.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Rock do almoxarifado

O segundo caderno do jornal O Globo de hoje tem capa dedicada ao sétimo disco de estúdio do Oasis. Com o título de "Burockratras", a matéria reafirma aquilo que a gente já comentou por aqui sobre a banda estar trilhando um caminho sem nenhuma empolgação. A segunda parte da entrevista com Liam Gallagher, trecho que não foi utilizado pelo jornal, está aqui.

Descontrolado e explosivo

Em 2004, uma banda americana de Nashville invadiu as rádios inglesas. A voz de Jemina Pearl rasgava as caixas de som com o single "Damn Damn Leash" e quase ninguém sabia que aquela fúria toda vinha de uma banda cujos integrantes tinham menos de 18 anos. Após mais alguns singles que estouraram na BBC, eles lançaram o primeiro disco, mas Be Your Own Pet (2006) foi uma decepção. A banda daquele disco não parecia a dos singles. Tudo era muito perdido, mal amarrado e confuso. A banda era explosiva, mas ficou a impressão de que o monstro saiu do controle e tudo deu errado.

Esse ano eles voltaram com "Get Awkward" e trouxeram um disco bem melhor, com a cara daquela banda que era o coquetel molotov de 2004. E quando se achava que tudo tinha entrado nos trilhos, a banda surpreendeu todos os seus fãs e anunciou, agora em agosto, o seu prematuro fim. O Be Your Own Pet definitivamente explodiu. Mas levou todo mundo junto com seu último disco.


1. Super Soaked
2. Black Hole
3. Heart Throb
4. Becky
5. The Kelly Affair
6. Twisted Nerve
7. Blow Yr Mind
8. Blummer Time
9. Bitches Leave
10. You're a Waste
11. Food Fight!
12. Zombie Graveyard Party!
13. What's Your Damage?
14. Creepy Crawl
15. The Beast Within

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Mudança

Esse álbum do Kooks é uma dica que veio de Seu Rodrigues. Nesse momento, nosso ilustre colaborador e sua digníssima senhora estão empacotando livros, discos e vendendo os móveis para seguir rumo a novas aventuras. Entre caixas de papelão e fitas crepe, o som do Kooks deve estar ecoando pelo apartamento de Brasília.


1. See The Sun
2. Always Where I Need To Be
3. Mr. Maker
4. Do You Wanna
5. Gap
6. Love It All
7. Stormy Weather
8. Sway
9. Shine On
10. Down To The Market
11. One Last Time
12. Tick Of Time
13. All Over Town

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O mais roubado

Lembro que, em 1994, mesmo antes de terminar a sessão de Pulp Fiction, a decisão de comprar minha primeira trilha sonora estava tomada. A abertura com Dick Dale e os sons escolhidos com carinho para o filme ficaram na minha cabeça por muito tempo. Comprei, mas, assim que cheguei em casa, decepção: a caixa estava fechada, lacrada, mas o CD não estava dentro.

Assim que voltei à loja, o gerente fez um comentário muito esquisito com tom de pesquisador intrigado. Ele disse que esse era o disco mais roubado da loja...tanto por clientes quanto pela equipe(?!) - o disco foi trocado e esse comentário bizarro acabou marcando. Toda vez que ouço, imagino as cópias roubadas circulando por aí com seus ladrões de bom gosto musical.

Esse disco, assim como o filme, não tem nenhum momento fraco. A trilha sonora para passar o fim de semana numa boa.


1. Pumpkin & Honey Bunny/Miserlou (Dick Dale & The Del-Tones)
2. Royale With Cheese (Dialogue)
3. Jungle Boogie (Kool & The Gang)
4. Let's Stay Together (Al Green)
5. Bustin' Surfboards (The Tornadoes)
6. Lonesome Town (Ricky Nelson)
7. Son Of A Preacher Man (Dusty Springfield)
8. Zed's Dead Baby/Bullwinkle Part II (The Centurions)
9. You Never Can Tell (Chuck Berry)
10. Girl, You'll Be A Woman Soon (Urge Overkill)
11. If Love Is A Red Dress (Maria McKee)
12. Bring Out The Gimp/Comanche (Revels)
13. Flowers On The Wall (The Statler Brothers)
14. Personality Goes A Long Way (Dialogue)
15. Surf Rider (The Lively Ones)
16. Ezekiel 25-17 (Dialogue)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Show completo do Radiohead

O site americano National Public Radio colocou no ar a íntegra do show do Radiohead realizado em Santa Barbara, no último dia 28. São mais de duas horas e o som está perfeito. O arquivo tem 115MB e você pode baixá-lo entrando no site e assinando o podcast. Há também a opção de ouvir o show no próprio site, sem qualquer restrição. Aliás, esse site traz uma série de apresentações com bandas bem legais. Vale a pena conferir.


Set List Radiohead Live at the Santa Barbara Bowl (Aug. 28, 2008)

Reckoner
Optimistic
There There
15 Step
All I Need
Nude
Talk Show Host
Weird Fishes/Arpeggi
The Gloaming
Morning Bell
National Anthem
Faust Arp
No Surprises
Jigsaw Falling Into Place
The Bends
Karma Police
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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Turma do barulho

O Moby Grape é uma daquelas bandas cujo som foi soterrado pela capacidade que o grupo tinha de se envolver em confusões com drogas e polícia. A banda chegou a ser apontada como a maior promessa da cena rock de São Francisco. Esse disco de estréia (1967) traz músicas como "Fall On You" e "Omaha" que não deixam dúvidas de que a animação da imprensa com a banda tinha fundamento. O disco também é famoso pela capa - repare no gesto do dedo médio nada disfarçado - que teve que ser retocada pela gravadora em outras tiragens do álbum.

Aquele nosso velho esquema... clique na capa para baixar o disco.


1. Hey Grandma
2. Mr. Blues
3. Fall On You
4. 8:05
5. Come In The Morning
6. Omaha
7. Naked, If You want To
8. Someday
9. Ain't No Use
10. Sitting By The Window
11. Changes
12. Lazy Me
13. Indifference

sábado, 20 de setembro de 2008

Surtando sob os refletores

Já que o Gerson tocou no assunto, deixo vocês com uma emocionante seleção de uma turma que se amarra em confusões. Eis alguns artistas surtando sob os refletores.


Axl e o famoso incidente em St. Louis. Isso terminou com uma platéia revoltada destruindo o estádio, virando carros do lado de fora e confrontando a tropa de choque!



Kurt Cobain dá uma guitarrada em um segurança e quase é nocauteado:



Keith Richards retribui um abraço com uma porrada:


Ian Brown (ex-Stone Roses) se desentende com um segurança bem maior que ele e o show termina em pancadaria:


Amy mostra que ainda tem coordenação motora para cantar e bater:

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O baile de Cortez

Já que andamos falando em capas de disco, essa horrenda arte esconde um discaço de Neil Young. O álbum Zuma, de 1975, foi planejado para ser uma obra conceitual que contava a história da chegada dos europeus ao continente americano e do massacre das civilizações que nele viviam. No entanto, Young estava em um momento muito produtivo depois de passar por uma fase de trevas e a idéia original do disco ficou apenas na sensacional faixa "Cortez, The Killer".

A guitarra de Young e seus vocais anunciavam com mais de 15 anos de antecedência que o grunge vinha por aí.

1. Don't Cry No Tears
2. Danger Bird
3. Pardon My Heart
4. Lookin' For a Love
5. Barstool Blues
6. Stupid Girl
7. Drive Back
8. Cortez The Killer
9. Through My Sails

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Livro secreto

Dia desses, ao deitar, vi na prateleira um livro que eu não tinha comprado e nem tinha pedido emprestado de ninguém. Curioso, levantei e fui direto folhear o livro que havia se materializado no quarto. Logo na primeira página, uma dedicatória da minha namorada dizendo que aquele presente ficaria ali até o dia em que eu fosse me deitar e o encontrasse. A data da dedicatória levava há 5 dias passados.

Eu geralmente adoro fazer essas pegadinhas com amigos, mas raramente sou alvo de surpresas-plantadas. Após um telefonema de total admiração ao planejamento e execução dessa ação bem na minha cara sem eu ter notado, comecei a me divertir com as capas e algumas curiosidades.


O livro, na maior parte do tempo, apenas mostra capas e comenta tendências. Há, no entanto, coisas curiosas. Por exemplo: é fato que quando uma banda como os Beatles lançava um disco choviam cópias do estilo das capas nos discos daquele ano. Ou, o que é pior, discos de rock que passavam sem nenhum brilho tinham suas capas trocadas com imagens do mar e de pranchas para pegar a onda surf music do mercado americano no começo dos anos 60. Golpe claro das nossas queridas gravadoras empurrando coisas que nada tinham a ver com a surf music. O mesmo se deu com as capas após a explosão do folk rock e Dylan.

O livro diverte e ainda faltam muitas capas a serem vistas. No entanto, a última capa apresentada é do disco de 1994 do Oasis. Se houvesse uma nova edição, com certeza teríamos capas sensacionais do ano 2000 pra cá. Como deixar de fora a linda capa de Funeral, do Arcade Fire? Ou a capa viajante do novo do Black Crowes? Se bem que o critério nem é a beleza das capas e sim o contexto histórico. O que tem de capa feia e engraçada na seleção chega a ocupar uma boa parte do livro. É um "livro de arte" acima de tudo.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Podcast #5

O podcast agora passa a ter edições mensais. Setembro vem com novidades de Bob Dylan, Black Crowes e Neil Young fechando a tampa com um clássico do disco Zuma, de 1975.



Neste episódio:
Bob Dylan - Dreamin' of You
Ike Turner & The Kings of Rhythm - Black Angel
The Johnny Otis Show - The Watts Breakaway
The Black Crowes - Goodbye Daughters of The Revolution
John Lennon - I'm Losing You
Neil Young - Barstool Blues

Ouça e baixe todos os episódios disponíveis.