sábado, 29 de agosto de 2009

Letra

Essa semana, depois de muito enrolar, decidi assistir ao filme "O Casamento de Rachel". Tinha ouvido bons comentários sobre ele, mas precisei de novas recomendações para correr atrás. Aquela velha história que volta e meia a gente discute por aqui: com a velocidade que a gente recebe, usa e descarta informações, muita coisa boa se perde.

Pois bem, lá pelas tantas, o personagem de Tunde Adebimpe (vocalista do TV On The Radio) tem um momento especial ao som de um clássico de Neil Young. E com direito a letra traduzida na legenda! Não preciso nem dizer que a música ficou na minha cabeça a semana toda.

Muita gente reclama da voz do Neil Young. Tem gente que acha os discos chatos (e em alguns casos isso é justo), mas se tem uma coisa que esse cara consegue emplacar com unanimidade são as letras. É engraçado como a gente se acostumou a letras em inglês que não fazem o menor sentido. E aí chega o sujeito, liga sua guitarra e faz a música emoldurar uma letra excelente.

No filme que citei, a letra traduzida de "Unknown Legend" é marcante. Uma das minhas preferidas de Neil Young é essa aí embaixo. Ele consegue fazer um filme dentro de uma música de 3 minutos.



Segue a letra de "Barstool Blues", do disco Zuma, para acompanhar:

If I could hold on
to just one thought
For long enough to know
Why my mind is moving so fast
And the conversation is slow
Burn off all the fog
And let the sun
through to the snow
Let me see your face again
Before I have to go

I have seen you in the movies
And in those magazines at night
I saw you on the barstool
When you held that glass so tight
And I saw you in my nightmares
But I'll see you in my dreams
And I might live a thousand years
Before I know what that means

Once there was a friend of mine
Who died a thousand deaths
His life was filled with parasites
And countless idle threats
He trusted in a woman
And on her he made his bets
Once there was a friend of mine
Who died a thousand deaths

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Pensa rápido


Rolou um papo sobre Faith No More tocar no Rio de Janeiro no dia 5 de novembro. Nada confirmado no site da banda. A verdade é que agora eu rezo para que isso aconteça, pois o show da banda de Mike Patton vai cair no mesmo dia em que se apresenta outra trupe que eu nunca me perdoei por ter perdido: Primal Scream.

Quando estiveram aqui em 2004, não conferi a passagem do Primal Scream por terras cariocas por total desconhecimento em relação aos caras. Eis que, dias depois do show, decido participar de uma promoção no Ronca Ronca onde seriam sorteados cds da banda. Lembro que eu e Seu Rodrigues ficamos pasmos no trabalho ouvindo as sequências desnorteadas que saíam das caixas de som. Virou uma das minhas bandas preferidas e aquela dor de cotovelo incurável.

Faith No More toca no dia 7 de novembro no Festival Maquinaria.
Primal Scream toca no dia 7 de novembro no Festival Planeta Terra.

Pensa rápido: e agora?

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Escala

Bobby McFerrin dá uma aula sobre escala pentatônica. E mostra que a música está na cabeça de todo mundo.



Não tá ligando o nome à pessoa?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Nova Orleans

Seu Rodrigues, nosso correspondente lá nas terras do Tio Sam, andava meio quieto ultimamente. O silêncio foi quebrado com estes registros fotográficos de sua passagem por Nova Orleans.


Sente o lema da cidade...

Uma daquelas fotos clássicas...

Até o mascote do bar é cool!
Pense nisso...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A little joy for everyone

Por motivos de força maior não pude conferir a passagem do Little Joy por terras cariocas. Mesmo assim, nossos informantes estavam na área. Gisele, que vive mandando boas dicas de sons, deixa suas impressões do show:


Mesmo sem nenhum lançamento em vista, a banda Little Joy volta ao Rio, desta vez em uma casa de show um pouco maior: Fundição Progresso. Mas não foi o amplo espaço da casa que comprometeu. Pelo contrário, o número de fãs da banda foi suficiente para cobrir todo o anfiteatro de forma confortável. No entanto a casa nos referendou com um pequeno atraso, talvez causado por uma pane geral no som, que calou a banda de abertura The Dead Trees por alguns minutos, logo em sua primeira música. Além disso, durante a atração principal, tivemos alguns instantes de microfonia. Só para consagrar o mais novo apelido da casa dado pela galera: Fundição Regresso.

Apesar dos percausos, Little Joy deu o seu melhor no palco, com direito a repertório extra, com novas canções, para além das 11 músicas do cd. O clima era de festa. Amarante e Fabrizio (também strokes) em amplo entrosamento, chegava a ofuscar a musa teen da banda. Talvez houvesse um excesso de Amarante, porém pouco percebido pelos fãns saudosistas de sua antiga banda. Bem por isso, ficou a dúvida: estávamos todos ali pelo conjunto da obra ou um resquício da era hemaníaca?
A cada intervalo prolongado, entre uma música e outra, o público puxava um sucesso do ex-grupo de Amarante. Vai entender!

Classificação do show: A little joy for everyone.

sábado, 15 de agosto de 2009

Desmarcando com Morrissey

Esse álbum já passou pelo blog, mas acho que pouca gente apostou nos meninos do Kooks. O fato é que hoje acordei e esse disco foi parar diretamente no cd player (pra falar a verdade, está tocando agora mesmo). É impressionante como esse som casa bem com uma manhã de sábado ensolarada!

Muita gente deu porrada na banda quando eles lançaram Konk. O azedume de sempre: muito pop, vazio, feito para tocar nas rádios. A imprensa britânica não aceita que um disco chegue às prateleiras sem ser acompanhado de um frasco com antidepressivos.

Joy Division e The Smiths são geniais. Eu adoro ouvir a cruel solidão do Morrissey numa quarta à noite. Mas hoje é sábado, tá um sol bonito pra caramba... Prefiro repetir o refrão bobo de "Shine On" a pensar que um caminhão de dez toneladas pode me matar e há uma luz que nunca se apaga.


1. See The Sun
2. Always Where I Need To Be
3. Mr. Maker
4. Do You Wanna
5. Gap
6. Love It All
7. Stormy Weather
8. Sway
9. Shine On
10. Down To The Market
11. One Last Time
12. Tick Of Time
13. All Over Town

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Any given saturday

Mensagem do Twitter de Roddy Bottum, tecladista do Faith No More. O texto foi colocado agora há pouco:

"Finally! BRAZIL!!! The Maquinaria Festival, November 7 in Sao Paulo welcomes FNM!!! tickets on sale Aug 14 at www.ingressorapido.com.br"

E o melhor: 7 de novembro cai num sábado! Não preciso nem dizer que não boto muita fé em ver a banda passar pelo RJ, né? No momento, minha única dúvida é se vou pra SP de ônibus ou avião.

Calminho...

domingo, 9 de agosto de 2009

Reunião de condomínio

Acho que o vizinho tem motivo para ficar chateado comigo nesse final de semana. Afinal, se eu tocar o penúltimo disco do Camera Obscura por aqui mais uma vez, periga virar pauta da próxima reunião de condomínio. Eu ainda nem ouvi o disco novo dos escoceses, mas os vizinhos já conhecem bem o "Let's Get Out of This Country".

Fica aqui o registro da simpática Tracyanne Campbell toda empolgada à frente da banda (olha a carinha de feliz aos 3:21). Circo Voador não cairia nada mal, hein... Já pensou?


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Sempre entre vírgulas

Ser filho de um artista famoso pode abrir muitas portas se você tiver uma banda. Mas também atrapalha pra cacete. O Wallflowers sempre foi e sempre será acompanhado pelo aposto "banda do filho de Bob Dylan". No caso de Jakob Dylan não tem como escapar. O pai do cara é uma instituição. E a curiosidade de saber se o rapaz aprendeu a lição de casa era quase prazerosamente mórbida.

Na minha opinião, Bringing Down The Horse (1996), o segundo disco da banda, traz ótimas canções. A faixa que abre os trabalhos, "One Headlight", caiu no gosto da turma da MTV e chegou ao primeiro lugar da parada americana. Depois disso, o Wallflowers viu a avenida aberta para emplacar mais 3 singles do álbum nas rádios.

Em entrevistas, Dylan-pai diz que não tem opinião sobre o trabalho do filho. Dispensa as perguntas dizendo que prefere não ouvir, pois é muito crítico. Mas, na boa, se você não for o Bob Dylan, vale curtir o disco sem pensar em exame de DNA.


1. One Headlight
2. 6th Avenue Heartache
3. Bleeders
4. Three Marlenas
5. The Difference
6. Invisible City
7. Laughing Out Loud
8. Josephine
9. God Don't Make Lonely Girls
10. Angel On My Bike
11. I Wish I Felt Nothing

Password: ScouseXile

sábado, 1 de agosto de 2009

Atenção para o refrão

Destaque do último podcast, aqui está o primeiro disco solo de Gal Costa. O álbum, de 1969, traz um instrumental que abraça tropicalismo e psicodelia, sempre com suavidade.

A voz é um assunto à parte. Já tive o prazer de ver um show da Gal (e isso faz mais de 10 anos) e lembro que, na ocasião, achei suas interpretações muito estridentes. Nesse álbum isso não rola. A voz é firme e quando emoldura uma letra de Roberto Carlos, por exemplo, o que já era bom ganha ares de esculacho retilíneo uniforme.

Destaque também para a abertura do disco com "Não Identificado", música que, de cara, mostra a que veio. E, claro, as históricas versões de "Divino, Maravilhoso" e "Baby".


1. Não Identificado
2. Sebastiana
3. Lost In The Paradise
4. Namorinho De Portão
5. Se Você Pensa
6. Vou Recomeçar
7. Divino, Maravilhoso
8. Que Pena (Ele Já Não Gosta Mais De Mim)
9. Baby
10. A Coisa Mais Linda Que Existe
11. Deus É O Amor

Ainda dá tempo de fechar a tampa com estilo... "Atenção para o refrão":