quinta-feira, 31 de julho de 2008

Mark e sua turma

Mark Ronson foi um dos produtores de "Back To Black", de Amy Winehouse. Version é seu segundo disco e a idéia do projeto é bastante simples, mas com um resultado bem legal: artistas fazendo versões de outros nomes famosos.

Nessa brincadeira temos Amy Winehouse com "Valerie", uma cover do Zutons que deixa a original no chinelo. "God Put A Smile Upon Your Face", do Coldplay, ganhou uma excelente versão instrumental do Daptone Horns e "Just", do Radiohead, sob controle do Phantom Planet, bota o disco lá no alto.

No geral, Version é um álbum bem divertido, bom para tocar em festas e agitar a turma.



1. God Put A Smile Upon Your Face (Feat. The Daptone Horns)
2. Oh My God (Feat. Lily Allen)
3. Stop Me (Feat. Daniel Merriweather)
4. Toxic (Feat. Ol' Dirty Bastard and Tiggers)
5. Valerie (Feat. Amy Winehouse)
6. Apply Some Pressure (Feat. Paul Smith)
7. Inversion
8. Pretty Green (Feat. Santo Gold)
9. Just (Feat. Phantom Planet)
10. Amy (Feat. Kenna)
11. The Only One I Know (Feat. Robbie Williams)
12. Diversion
13. L.S.F. (Feat. Kasabian)
14. Outversion

terça-feira, 29 de julho de 2008

Podcast #2

Segundo episódio do nosso podcast. Os destaques desta edição são REM e o novíssimo disco do Primal Scream, lançado nessa semana. Pegue seu headphone!



Playlist:
REM - I'm Gonna DJ
Albert Hammond Jr. - Victory At Monterey
Primal Scream - Necro Hex Blues
Delaney & Bonnie - Things Get Better
Van Morrison - Wild Night
Mitty Collier - My Babe

Ouça e baixe todos os episódios disponíveis.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Repeat

A carreira de Stevie Wonder começou bem cedo. Aos 12 anos, ele gravou seu primeiro disco e já era vendido como um gênio do jazz soul. Poucos anos depois, Wonder já colecionava muitos sucessos nas rádios. Nessa fase ascendente de sua carreira surge o disco Signed, Sealed and Delivered, de 1970. Nesse álbum há uma mistura forte de soul, gospel e algumas pegadas mais funk que Stevie lapidaria nos discos seguintes.

Esse é um álbum gostoso de ouvir, bem tocado e com um tremendo poder de agradar as meninas (e, graças a Deus, não há nada aqui que lembre I Just Called To Say I Love You). Sem contar que o disco tem "Sugar", uma das melhores músicas de Wonder, com uma pegada sensacional. É impossível ouvi-la uma vez e não apertar o repeat imediatamente.

PS: Muito legal a capa, hein...


1. Never Had A Dream Come True
2. We Can Work It Out
3. Signed, Sealed, Delivered I'm Yours
4. Heaven Help Us All
5. You Can't Judge A Book By Its Cover
6. Sugar
7. Don't Wonder Why
8. Anything You Want Me To Do
9. I Can't Let My Heaven Walk Away
10. Joy (Takes Over Me)
11. I Gotta Have A Song
12. Something To Say

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Notícias de uma guerra particular


As coisas estão mudando bastante no meio musical. Não digo em termos de bandas novas (esse lado anda mesmo decepcionante) e sim na força que os artistas ganharam com a divulgação através da internet e com a comunicação direta com os fãs.

O motivo dessa minha constatação é a queda de braço entre o Radiohead e a EMI. Desentendimentos entre gravadoras e bandas não são novidade e a própria EMI já teve que aturar desaforos dos Sex Pistols na forma de música em "homenagem" à gravadora. A novidade quanto à briga Radiohead x EMI é ver, pela primeira vez, o lado mais forte se dar mal.

A banda e a gravadora não chegaram a um acordo sobre um novo contrato. Após muita discussão, o Radiohead caiu fora e lançou o disco "In Rainbows" com uma jogada de marketing genial que foi parar em todos os jornais do mundo. Você baixava o disco e pagava o quanto quisesse. Podia até baixar e não pagar nada. A EMI acusava a banda de pedir cifras absurdas para assinar um novo contrato. Thom Yorke, vocalista do Radiohead, escreveu um comunicado irritado no site da banda e deu sua versão. Os fãs, logicamente, tomaram as dores do grupo.

O capítulo seguinte dessa batalha foi nas prateleiras. A EMI lançou uma caixa com todos os discos do Radiohead e, na seqüência, uma coletânea chamada The Best Of Radiohead. Foi aí que o bicho pegou. Os fãs detonaram a coletânea na loja virtual do iTunes. O conselho que mais se lê entre os cadastrados é: "Não compre esse disco. Ele contraria a vontade da banda."

É fato que a EMI está no seu direito. Afinal, o Radiohead assinou um contrato e seus discos anteriores a "In Rainbows" pertencem à gravadora. Mas a multinacional colocou em prática uma estratégia tão desastrada que queimou ainda mais sua imagem na briga com a banda. A tentativa de fazer o Radiohead perder vendas para o próprio Radiohead não funcionou. Mesmo com muita publicidade e comentários positivos nas revistas especializadas, a coletânea não entrou sequer entre os 200 mais vendidos da Amazon.

Quando será que as gravadoras vão aprender que seus velhos métodos morreram junto com o século XX?

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Os nerds também amam

Totalmente nerd a capa de The Cricketts, a lendária banda de Buddy Holly, um cara que muita gente só conhece de nome e através de algumas citações. Sua carreira foi muito curta e terminou tragicamente: ele morreu no mesmo acidente aéreo que vitimou Ritchie Valens, mais conhecido pela canção "La Bamba" (totalmente sessão da tarde, né?). Seguiram-se as homenagens, como a música "American Pie", de Don Mclean, citando o dia do acidente como "the day that music died".

A verdade é que o nome de Buddy Holly entrou para a história do rock por seu poder radiofônico na década de 50 e por ter influenciado muita gente que veio na década seguinte, como os Stones - que gravaram "Not Fade Away" - e os Beatles. Inclusive, The Cricketts foi a influência para o nome The Beatles.

Alguns riffs de guitarra desse álbum soam como tios-avôs dos riffs de bandas como Strokes. O que acham?

domingo, 20 de julho de 2008

O fim da uruca digital e a volta de Craig Charles

Eu sempre tento parar para ouvir 2 programas de rádio que me agradam pra caramba. Às terças, 22h, tem o Ronca Ronca na Oi FM. Esse já está na minha agenda faz tempo. E outro velho conhecido que está de volta é o Craig Charles Funk and Soul Show, da BBC 6 Music.

Eu ouvia esse programa direto em 2005, mas, de repente, uma urucubaca digital fez com que meu RealPlayer não tocasse mais os sites da BBC. Fiquei um bom tempo sem poder ouvir. Tremendo castigo perder essas 3 horas semanais de black music. Uma devassa nos arquivos da Motown, Chess, Atlantic, etc, etc...

Essa semana a uruca digital foi embora e a BBC trocou seu sistema de players online por um menos discriminatório comigo. Craig Charles está de volta à minha rotina. O melhor é que, como os programas ficam hospedados nos sites das rádios, você não precisa cancelar compromissos ou saídas para ouvir os shows. Na BBC, você pode ouvir tudo que foi ao ar na última semana. Já o Ronca Ronca arquiva as seis últimas edições do programa.

O Ronca Ronca, com apresentação de Maurício Valladares, pode ser ouvido agora mesmo no site da Oi FM e o Craig Charles Funk and Soul Show pode ser encontrado nos nossos links favoritos aí do lado.

Divirta-se!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Vazou

O mais novo álbum do Primal Scream, que será lançado oficialmente dia 21, já está circulando pela internet. O primeiro single, a faixa "Can't Go Back", começou a tocar nas rádios inglesas essa semana. O disco se chama Beautiful Future e tem participação especial da vocalista do Cansei de Ser Sexy.


1. Beautiful Future
2. Can't Go Back
3. Updown
4. The Glory Of Love
5. Suicide Bomb
6. Zombie Man
7. Beautiful Summer
8. I Love To Hurt (You Love To Be Hurt)
9. Over And Over
10. NecroHex Blues
11. The Glory Of Love (Single Version)
12. Urban Guerrila
13. Time Of Assassins

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Cheio de hits

Numa tarde qualquer em 1969, os representantes da Atlantic Records apareceram com um pedido bastante delicado para a turma do Velvet Underground: queriam que a banda se despisse de seu som experimental e que fizesse um disco cheio de hits - "loaded with hits".

O resultado do pedido foi a gravação de Loaded, título debochado que mostrava o descontentamento de Lou Reed com o caminho que o trabalho estava tomando. Reed se demitiu da banda quando o disco estava sendo mixado e disse ter ficado bastante surpreso ao ver Loaded nas lojas semanas depois. "Eu os deixei com seu disquinho cheio de hits que eu criei" - disse em uma entrevista.

A bronca de Reed se estendia aos produtores. Ele reclamava por partes de algumas músicas terem sido editadas e cortadas. Anos mais tarde, o disco foi relançado com a edição original pensada pela banda.

Apesar de toda a confusão e do desgosto de Reed, Loaded é um disco excelente que capta o momento mais "acessível" do Velvet Underground. Tem músicas espetaculares e marcou para sempre a história desse tal de roquenrol.


1. Who Loves The Sun
2. Sweet Jane
3. Rock & Roll
4. Cool It Down
5. New Age
6. Head Held High
7. Lonesome Cowboy Bill
8. I Found a Reason
9. Train Round the Bend
10. Oh! Sweet Nuthin'

terça-feira, 15 de julho de 2008

Podcast #1

O primeiro podcast do blog está no ar. Nele você vai encontrar músicas de discos que foram postados aqui, novidades e músicas que talvez, um dia, se a gente lembrar, serão postadas por aqui também. Agora podemos dar um alô via podcast ao pessoal de Brasilândia!



Na edição de estréia:

Jimi Hendrix - Love or Confusion (ao vivo - BBC Sessions)
Smith - Tell Him No
Bob Dylan - To Be Alone With You
Al Green - So You're Leaving
Sharon Jones - Nobody's Baby
Buddy Miles - Memphis Train
The Strokes - Barely Legal

Ouça e baixe todos os episódios disponíveis.

sábado, 12 de julho de 2008

Madchester calling!

Os Happy Mondays são, provavelmente, a banda de rock (?) mais dançante que já deu as caras em solo terrestre. Liderados pelo esquisitóide porra-louca Shaun Ryder, os Mondays foram os cabeças do movimento que ficou conhecido na Inglaterra como Madchester (Mad+Manchester). As apresentações do grupo eram um capítulo à parte: fora toda a esquisitice da música, das letras, do mergulho nas drogas, a banda ainda contava com Bez, um integrante que tinha as duas únicas funções de dançar e tocar maracas. Não necessariamente nessa ordem.

O disco de 1990, Pills 'n' Thrills and Bellyaches, levou o Happy Mondays ao mainstream e, conseqüentemente, às telas da MTV. Eles inclusive vieram tocar no Rock in Rio 2. Diz a lenda que a fase mainstream da banda acabou quando Ryder, num surto psicótico, saiu no meio de uma reunião com executivos da gravadora para comprar drogas... e só deu notícias 2 dias depois.

Pills 'n' Thrills and Bellyaches é uma bomba de efeito dançante com o melhor da banda. Traz os clássicos "Kinky Afro", "Step On", "Grandbag's Funeral" e a sensacional "Bob's Yer Uncle".

Os Mondays voltaram à ativa e estão tocando nos maiores festivais da Europa. Se reuniram para um revival há dois anos e lançaram um novo disco. Estarão por aí até que Ryder surte novamente... o que não deve demorar.



1. Kinky Afro
2. God's Cop
3. Donovan
4. Grandbag's Funeral
5. Loose Fit
6. Dennis and Lois
7. Bob's Yer Uncle
8. Step On
9. Holiday
10. Harmony


Logo abaixo, o clipe da música "Step On".

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Fora da rota

Lendo o jornal O Globo de hoje vi que as negociações estão avançadas para que, em 2010, haja uma nova edição do Rock in Rio... agora em São Paulo!!!

Devo confessar que não me surpreendo com o uso da marca em Lisboa, Nova Guiné, Coréia do Sul... mas São Paulo é aqui do lado! Não é bairrismo, pois acho uma babaquice a rivalidade entre Rio e São Paulo. Mas que o Rock in Rio-SP é um reforço na descrença dos organizadores de shows com o retorno do público carioca, isso é.

Para mim, o festival de 2001 foi horrível na escalação e na organização. O que foi o tal Papa Roach tocando no palco principal? A péssima qualidade do som, sempre baixo? E a perigosa invasão de público no último dia com mais de 400 mil pessoas num espaço para 250 mil? Não terminou em tragédia por sorte.

É fato que o nível do Rock in Rio está muito abaixo dos festivais internacionais com edições anuais e diversas décadas de tradição como Glastonbury e Roskilde, mas também não precisa apelar e colocar bandas sem expressão no palco principal.

O que entristece com mais esse capítulo é ver o Rio se afastando do roteiro de bandas excelentes. Ver The Go! Team indo pra São Paulo e nada de RJ. Chemical Brothers vir ao Brasil e tocar só em terras paulistanas. Ver as melhores escalações de shows (tirando o tim festival) passarem por Sumpaulo e nada de Rio. Para coroar a má fase dos cariocas com as atrações internacionais só faltava um Rock In Rio São Paulo.

Pelo visto, não falta mais nada.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

John Wesley Harding

Volta triunfal de Bob Dylan ao blog! Após ir do folk ao rock (e encarar o ódio dos puristas por ter feito isso), Bob ignorou todas as expectativas dos que queriam associá-lo ao rock 'n' roll e virou o barco para outros mares.

John Wesley Harding (1967) é um álbum calmo, com violão suave e o sarcasmo azedo de sempre. Mas não se engane: o disco não é um passo atrás na carreira de Mr. Zimmerman. Tem muita energia nas letras e martelou a cabeça de muita gente boa. Jimi Hendrix fez cover da faixa 4 e Dylan, num momento de rara humildade, admitiu que prefere a versão de Hendrix. Já o Faces (veja post com a discografia da banda) fez cover da faixa 10 na abertura do seu primeiro disco.

Ou seja: se Jimi Hendrix e Faces escolheram músicas desse LP para tocar, você já pode imaginar que Bob Dylan dá tiro pro alto e derruba até avião, né?



1. John Wesley Harding
2. As I Went Out One Morning
3. I Dreamed I Saw St. Augustine
4. All Along The Watchtower
5. The Ballad Of Frankie Lee And Judas Priest
6. Drifter's Escape
7. Dear Landlord
8. I Am A Lonesome Hobo
9. I Pity The Poor Immigrant
10. The Wicked Messenger
11. Down Along The Cove
12. I'll Be Your Baby Tonight

sábado, 5 de julho de 2008

É isso aí?

Há uma semana seguida não consigo parar de ouvir Is This It, dos Strokes. Foi, talvez, o último disco ouvido e curtido sem pressa por mim. Sem a impulsividade de procurar outro som para substitui-lo assim que a última música acaba. Muito pelo contrário: ele foi ouvido tantas vezes que o disco nem ficava na prateleira. O lugar dele era ao lado do som.

Com o tempo, ele foi ficando de lado, mas nunca foi esquecido. Eis que, sete anos depois, o álbum vive sua "segunda onda" comigo. Não tem pra Arctic Monkeys, White Stripes, Franz Ferdinand... Essa semana nada recebeu minha atenção tanto quanto Is This It. Chega a dar a impressão de que o cd foi lançado ontem e eu estou ouvindo pela terceira vez na vida.

Alguém duvida que esse disco de 2001 é, até o momento, o melhor lançamento da década?


1. Is This It
2. The Modern Age
3. Soma
4. Barely Legal
5. Someday
6. Alone, Together
7. Last Nite
8. Hard To Explain
9. New York City Cops
10. Trying Your Luck
11. Take It Or Leave It

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Jimi aterroriza a BBC

Cara, disquinho capaz de deixar o sujeito sem palavras...

disco dois


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