domingo, 20 de dezembro de 2009

Pessoas, músicas e amores

Se não fosse por um dos nossos correspondentes, teria deixado passar esse ótimo texto do Calbuque sobre um site que já foi assunto por aqui. O fato é que o "Cassette From My Ex" saiu da tela do computador e virou livro. É melhor clicar na imagem abaixo do que gastar mais um parágrafo tentando explicar do que se trata. Em resumo: amor às pessoas e à música. É disso que a gente sempre fala.

Clique na imagem para ler o artigo.


E pra encerrar, sente a emoção do comentário da moça:

"Anyone who understands the obsessive attention to detail, the time it took to collate, select, and edit the content of a perfectly executed mix tape, or just someone who appreciated the rhythms and nuances of such extraordinary artifacts will treasure this collection of stories, comfortable and secure in the knowledge that such exquisite efforts were not made in vain and indeed there was a time when a humble cassette tape was perhaps the greatest gift of all."
- Shirley Manson, lead singer of Garbage

domingo, 6 de dezembro de 2009

Pelo rádio

Duas versões bem legais de bandas que tocaram no estúdio da Indie 103.1, rádio de Los Angeles. De primeira, Darker My Love com uma música que já completou duas semanas sem sair da minha cabeça.



Os ótimos The Submarines apresentando uma música do disco "Honeysuckle Weeks", já comentado aqui.


E partindo para outras terras (e outra década), olha o clima do festival T in The Park quando o Cast tocou o single "Alright", em 1996. A primeira vez que eu ouvi essa música, fiquei tão vidrado que mantive uma fita pronta no deck para apertar o REC a qualquer momento e gravá-la. E nessas de ficar esperando pra gravar uma música, a gente conhecia outras bandas boas. Bota um fone de ouvido pra conferir a turma cantando junto:


Cast no último podcast de 2009? Cast e mais 5.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A Todo Volume

Três sujeitos e um único amor. Soa meio brega dizendo assim, mas é bem rock n' roll.



Sensacional a reação de algumas pessoas na platéia. Em certos momentos era como se as bandas dos respectivos guitarristas tivessem pulado do telão e se materializado na nossa frente. No Brasil o filme sai com o nome de "A Todo Volume". Não percam.

domingo, 22 de novembro de 2009

De volta às notas

Em clima de notas rápidas...

- Eu tinha até esquecido que o Jet existia. Desisti dos caras logo no primeiro disco, depois de só curtir uns 2 singles. Mas semana passada ouvi uma música muito boa enquanto estava na estrada... Aí não tem jeito: quando você descobre uma música boa na estrada, ela entra direto pro playlist. Como foi na Oi FM, guardei o horário para conferir na internet a lista das músicas tocadas quando chegasse em casa. Para minha surpresa, os donos da música eram os "falecidos". Tremenda volta dos que não foram! Será que vale um download? Uma última chance, talvez?




- Dividiu opiniões também no podcast o disco do Julian Casablancas. Eu gostei do álbum. Acho que tem algumas referências ao "Room On Fire", apesar de alguns dizerem que não tem nada a ver com os Strokes. Em certos momentos o álbum é bem anos 80 e as referências ao New Order soam quase como uma cover. Nada contra. O disco é muito bom e vai se fortalecendo nas audições seguintes. Se quiser tirar suas conclusões...


E por falar nos Strokes, os caras ficaram em primeiro lugar na lista do NME que escolheu os melhores discos da década. Claro que a lista tem umas furadas clássicas (tipo Yeah Yeah Yeahs lá no topo), mas "Is This It?" é o disco que realmente deu o pontapé nos anos 00. Resta saber se a banda vai ter pique pra mais um ou se o projeto vai ficar no meio do caminho.

- E dando uma conferida nas fotos de Sampa, olha o que eu cliquei numa feira de artigos de segunda (ou terceira, quarta) mão.


Detalhe: todos os aparelhos da foto estão funcionando. Dá até pra descolar uns singles 7 polegadas importados dos Beatles na barraca ao lado e levar o pacote completo pra casa.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Podcast #24

Uma dica vinda diretamente do nosso correspondente antecede aquele que talvez seja o bloco mais porrada em 24 edições do programa. No segundo bloco, raridades do Faces e novidades de Julian Casablancas - que anda prevendo um futuro negro para os Strokes, mas lançou um ótimo disco solo. Para terminar, reviramos as prateleiras atrás de um clássico dos anos 90: The Breeders, com uma faixa do disco "Last Splash".

A ordem, se é que isso existe por aqui, ficou assim:

Stand Up - Lee Fields and Sugarman & Co.
Black Hole - Be Your Own Pet
Soul Doubt - NOFX
Cindy Incidentally (Alternate Mix) - Faces
Left & Right in the Dark - Julian Casablancas
Saints - The Breeders

E o lembrete de sempre:
email: basf90minutos@yahoo.com
blog: basf90minutos.blogspot.com
Twitter: @basf90

Escreve aí!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

The Sampa Issue

O blackout e a necessidade de aproveitar o pouco tempo disponível fizeram com que as impressões sobre o festival Planeta Terra acabassem não rolando no começo dessa semana. Mas vamos a um breve levantamento do que rolou na terra da garoa.

A organização do festival foi excelente e a escolha do Playcenter não poderia ter sido mais acertada. Dois palcos com as bandas começando no horário certo, um ambiente divertido para quem esperava pelos shows e um sistema de bares funcionando relativamente bem. Nem a chuva diminuiu o ânimo do público.

No palco 2, o Copacabana Club fez um show que agradou (mas confesso só ter visto as 4 músicas finais). Vi 3 músicas do Ting Tings e acho que os caras se seguraram sofrivelmente no hype (também, competir com Iggy Pop no mesmo horário não é fácil) e o N.A.S.A. fez um set caprichado para espantar a chuva.

Já no palco principal, o Primal Scream veio com um setlist muito bom, mas com uma potência de som sofrível e um palco sem iluminação nenhuma. Além do som estar baixo, faltava o peso de uma segunda guitarra (trazer um guitarrista só é sacanagem!) para segurar as músicas. E Bob Gillespie estava burocrático nos vocais, fazendo a banda se arrastar no palco até mesmo em clássicos como "Movin' on Up" e "Rocks". No final do show o som melhorou um pouco.



Por não ter acreditado que os horários seriam seguidos à risca, acabei perdendo o começo do ótimo show do Sonic Youth. O que faltou no som do Primal Scream, o SY teve de sobra. A chuva caía sem trégua durante o show dos caras, mas o som estava tão hipnótico que ninguém cogitou sair dali. Difícil saber qual foi o melhor momento do show.



Iggy Pop... O que dizer de Iggy Pop? Faz o seguinte: não vou dizer nada... Dá uma conferida no que o vovô from hell fez no palco.



E como tudo estava social demais...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Capítulo um

De volta após uma maratona que começou com Faith No More em terras cariocas e terminou bem depois do Iggy Pop ter saído com as calças arriadas do palco em São Paulo. Então, vamos por partes...

Na quinta, o Faith No More mostrou um show impecável. Mike Patton estava imbatível como mestre de cerimônias. Só se dirigia ao público em português e chegou a cantar "Evidence" com a letra traduzida literalmente. Versões raivosas para um público que sabia onde estava e cantava todas. Abaixo, um momento de esquisitice da banda seguido de "Ashes To Ashes" com a platéia em coro. (Se preferir cortar a maluquice, pule para 4:50 no vídeo)



A platéia fez um show à parte. Além de comparecerem em peso, as pessoas estavam tão ligadas na banda que a imagem acima mostra que quase não tinha ninguém com câmeras na mão gravando o que rolava no palco. A maioria preferiu esquecer os registros e pular junto. Abaixo, a música que fechou a conta, Falling To Pieces (que só rolou com pressão da galera). E aí não teve jeito: a turma das câmeras precisou registrar o momento raro.



Na próxima postagem, eu comento a saga em São Paulo, a decepção com o Primal Scream e a ótima estrutura do festival Planeta Terra.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Chile

Olha a presença significativa dos hermanitos chilenos diante da trupe do Faith no More...

A banda já está circulando com o carimbo brasileiro no passaporte. Amanhã os caras vão estar lá no Citibank Hall-RJ. E você?

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nerds are back in town

Depois de alguns discos fracos, é legal ver que o Weezer conseguiu novamente emplacar uma boa canção nas rádios. Confesso que "Raditude", o álbum novo com um cachorro-voador na capa, não me animou tanto. Mas esse primeiro single mostra que os nerds ainda têm munição.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Novembro

E novembro chega com vários encontros marcados. Todos na mesma semana.


De saideira, um pouco de cor...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Adeus ao Clube

Nos últimos dias eu tenho lido no ônibus, ouvido música no metrô e não faço a menor idéia do que está acontecendo no mundo porque não tenho lido os jornais nem mesmo na versão online. Mas como penso que o próximo escândalo é sempre maior que o atual, não se perde tanto ao deixar de ler mais umas edições.

Agora, altas horas da noite, decidi ligar o computador em casa mesmo contrariando o cansaço. Acabo de dar uma olhada nas mensagens e descobrir que o American Rock Club, blog que começou na mesma época em que o Basf 90 iniciou os trabalhos, fechou as portas. Deixo aqui um abraço ao Carlos, que sempre se preocupou em colocar no ar discos de bandas que não tocam nas rádios e que não fazem parte do filé mignon indigesto que o dial brasileiro colocar no ar em 99% dos casos.

Mais de um ano de bons posts, bons papos e ótimos discos. Só ficou faltando aquele nosso chopp que tanto foi prometido e acabou em desencontro. No fim das contas, vale dizer que o American Rock Club cumpriu seu ciclo com muita simpatia e vai fazer falta. Não deixa de ser triste pensar que um dia a gente também acaba. Seja pela falta de tempo ou pela tesourada.

Mudando de assunto, só pra não pesar o clima:

domingo, 4 de outubro de 2009

O velho e o novo (2)

Ainda no clima do post de ontem, o bom e velho Stevie:


E os novos The XX. Essa música é bem chiclete:

sábado, 3 de outubro de 2009

O velho e o novo

Essa semana acabei tendo alguns papos sobre música nos corredores do trabalho. É impressionante o poder que os discos têm de juntar as pessoas. Gente que descobre um mundo de afinidades através de uma camiseta do Clash, por exemplo.

Conversar com quem gosta mesmo de música, que não ouve por ouvir, que se atrasa uns minutos porque não teve coragem de silenciar o Faces no meio de "Cindy Incidentally", gente que relata altas emoções e memórias com um disquinho do Nick Drake... Isso faz o meu dia ficar muito melhor. Eu me sinto menos sozinho nas minhas manias. E numa dessas, acabei roubando uma coleção de álbuns completos de um colega fanático por boas bandas. Copiei algumas coisas (não tinha espaço para copiar tudo) e me arrependo de não ter copiado outras. Mas o fato é que agora o podcast e o blog têm assunto até 2011.

***

Muita gente me recomendou o disco do The XX. E pelo peso das pessoas que recomendaram, já criei uma boa expectativa. O disco acaba de chegar aqui ao desktop, mas existe um problema: por algum motivo, eu estou travado com as novidades. Na verdade, o motivo é esse aí embaixo:


Eu não consigo parar de admirar esse golaço de Stevie Wonder. E faz tempo que estou repetindo isso para quem quiser ouvir. Cada vez que ouço, penso como seria sem graça um mundo sem "Sugar", faixa 6 do disco. Ou sem a genial versão dos Beatles. Ou sem a marcante faixa de abertura. O cara abusa do começo ao fim e ainda vai embora na maior suavidade, como se não tivesse feito nada de mais.

Estou curioso para ouvir o XX (e vou ouvir daqui a pouco), mas muita novidade acaba dando saudade de algo familiar, de uma música que você "controla", aquela da qual você sabe tocar air guitar, air bass, air drums. Como tem muita gente que só ouve um disco uma vez na vida e já parte pra baixar outro, a arte do air guitar está morrendo. Precisamos fazer uma campanha para ressuscitar a prática.

A propósito, dá uma clicada na capa do disco, ok?

Abraços.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Pedidos

Atendendo a pedidos de uma turma que frequenta há pouco tempo o Basf 90, estou repostando o link com o DJ set que toquei em dezembro no casamento de Seu Rodrigues. Para ouvir, é só clicar aqui. E a história completa está no post antigo.

A lista do que rolou:
Bongolia - Incredible Bongo Band
Dance Across the Floor - Jimmy Bo Horne
Não Quero Dinheiro - Tim Maia
Got a Thing On My Mind - Sharon Jones & The Dap Kings
I Want You Back - The Jackson 5
Bebete Vãobora/Crioula/Cadê Tereza - Jorge Ben
Fever - Marie "Queenie" Lyons
SuperWhat?- Lyle Workman
Valerie (Feat. Amy Winehouse) - Mark Ronson
Love Foolosophy - Jamiroquai
Kung Fu Fighting - Carl Douglas
Sugar - Stevie Wonder
Angel Baby (Don't Ever Leave Me) - Darrell Banks
Let's Get It On - Marvin Gaye
Aint Got No I Got Life (Groovefiinder Remix) - Nina Simone
Mané Beleza - Toni Tornado
On The Street Where I Live - King Khan & The Shrines
Yes, It's Good For You - Koko Taylor
Freedom '90 - George Michael

Um abraço!

sábado, 26 de setembro de 2009

Discos, pizzas e flores

E vamos nessa:

- A lista dos "1001 discos para ouvir antes de morrer" ainda é tema de vários blogs. Nesse aqui, a turma organizou a lista e sempre busca manter os links atualizados. Boa pedida para quem tem curiosidade de ouvir alguns discos difíceis de achar (principalmente os da década de 50).

- Essa semana comprei o ingresso pro Faith No More. Na próxima, garanto o do Primal Scream (eu sei, é Festival Planeta Terra, mas pra mim é o show do Primal Scream). O bolso tá dolorido. Pagar inteira no ingresso + passagem pra São Paulo + hospedagem + pizza + alcohol... É o tipo de coisa que você só faz no impulso.


- "Shower The People You Love With Gold" é o título do ótimo disco de uma banda da Carolina do Norte chamada Western Civ. Daqueles álbuns que passam rápido, 40 minutos de boas melodias e sing-alongs excelentes. Sente o clima florido da capa. E não esquece de dar uma clicada nela, ok?

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Marcado

Ingresso na mão e mão no ingresso. Dia 5 de novembro, às 21:30, o encontro tá marcado.



É a platéia que é meio perdida ou é o sujeito que é doido demais? Os dois, talvez?

sábado, 19 de setembro de 2009

Tópicos

Enquanto isso, longe das prateleiras de discos...

- Quem estiver pelo Rio não deve perder o espetáculo Till, a saga de um herói torto, do Grupo Galpão. Os mineiros estão fazendo diversas apresentações gratuitas na cidade. Nesse fim de semana, estarão no Parque dos Patins, na Lagoa. Na próxima semana se apresentam nos arcos da Lapa e na Quinta da Boa Vista. A gente sempre reclama do preço dos espetáculos e essa é a chance de ver uma peça excelente, com um texto de humor muito bem elaborado, e de graça. Mais informações no site dos caras.

- Tenho lido bastante no ônibus indo e voltando do trabalho. Isso vem me deixando com algumas dores no pescoço, mas não tem como encarar um engarrafamento sem um livro ou um mp3 player. Essa semana li "O Convidado Surpresa", de Grégoire Boullier. Matei o livro em 4 viagens de ônibus (ou seja, dois dias indo e voltando do trabaho). Gostei tanto que mandei um exemplar pro nosso correspondente, Seu Rodrigues, conferir também. Se interessar, acho que o Submarino é o local onde o livro está mais barato.

- E ainda falta comprar ingresso pro Faith No More e pro Planeta Terra. Semana que vem o cartão de crédito vai embaralhar minhas finanças de novo. Como diria Don Corleone: "Just when I though I was out... They pull me back in."

- Aliás, outra boa pedida. Quem ainda não viu a trilogia "O Poderoso Chefão" não sabe o que está perdendo. Vai por mim. Não conheci ninguém que não tenha gostado.

Ainda dá tempo praquela saideira. Já falamos do Silkworm por aqui, a banda já entrou no nosso podcast e já mostramos também o ótimo disco do Bottomless Pit, banda formada depois da morte do baterista do Silkworm. Existe um documentário sobre a história da banda e, se não me engano, o projeto estava parado por falta de verba, mas agora parece que vai rolar! Vai ser ótimo para quem não conhece a banda ou para quem conhece bem pouco, mas gosta do que ouviu. (como é o meu caso)



E o trailer do documentário já está na rede:

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Apertem os cintos, a platéia sumiu

Direto do site do Jornal O Globo:

A banda americana The Killers, que faria show no Rio de Janeiro no dia 24 de novembro, cancelou sua apresentação em terras cariocas. O motivo alegado pela produção foi "conflito de datas". No site oficial, a agenda da turnê do Killers ainda anuncia a apresentação do Rio. O show marcado para o dia 21 de novembro na Chácara do Jockey, em São Paulo, está confirmado.

Segundo a produção, a banda pede desculpas aos fãs pelo cancelamento e espera poder reagendar para breve outro show na cidade. Quem já comprou os ingressos - vendidos por preços entre R$ 100 e R$ 350 - será ressarcido integralmente e o reembolso será realizado de acordo com o canal de venda.

Ingressos adquiridos por telefone, internet e quiosques da Americanas.com terão o reembolso realizado através de crédito no cartão utilizado para o pagamento. A Livepass, produtora que está trazendo o Killers para o Brasil encaminhará um e-mail a todos os clientes explicando o passo a passo.

Quem comprou tíquetes na Modern Sound em Copacabana terá de voltar à loja entre os dias 16 e 30 de setembro para receber o valor pago mediante a devolução do bilhete. O atendimento será feito de segunda a sábado, das 9h às 20h.

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A situação não anda nada boa para os fãs cariocas. Se isso virar moda, vamos amargar um bom tempo na geladeira. Isso é, claramente, um reflexo do desaparecimento das platéias nos últimos shows. Principalmente aqueles realizados no HSBC Arena. Preferiram cancelar a encarar o que a Cat Power encarou.

sábado, 12 de setembro de 2009

Podcast #23

A edição número 23 do podcast começa com nossas homenagens à carreira solo de Morrissey. Conferimos, ainda no primeiro bloco, o bem falado novo álbum do Wilco. O Obits aparece com uma ótima faixa de um disco irregular. Erma Franklin traz o soul de volta ao programa e antecipa um registro clássico de Elvis Costello. Por fim, ouvimos mais uma faixa do segundo disco de Albert Hammond Jr., guitarrista dos Strokes.



Sendo assim, a lista ficou com essa cara:
Morrissey - The More You Ignore Me, The Closer I Get (ao vivo, 2004)
Wilco - You and I
Obits - Run
Erma Franklin - You've Been Cancelled
Elvis Costello - Oliver's Army
Albert Hammond Jr. - Miss Myrtle

E alguém já comprou o ingresso pro Faith No More?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Em ação

A turma de Recife em ação. Pocilga Deluxe, ao vivo, no Oi Novo Som. Show completo, com direito a músicas novas.

POCILGA DELUXE - OI NOVO SOM from Daniel Aragão on Vimeo.


Muito bom ver os caras ganhando espaço no dial!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Cisma

Olha aí o blog forçando a barra, sonhando que o pessoal do Festival Planeta Terra lembre de chamar a dupla. Difícil, eu sei. Tal qual Cat Power, os listras brancas tiveram um público bem pequeno na sua última passagem pelo Rio. Acho que merecem uma revanche.

O fato é que estou voltando a tocar muito os discos deles ultimamente. Quando parei para ouvir algo na última semana, o que rolou no cd player foram os álbuns de Jack e Meg. Não tem jeito: quando você cisma com uma banda, o ipod pode ter 500 gigas e nada ali vai ter o poder de te tirar daqueles 3 ou 4 discos que se repetem sem parar.


1. Seven Nation Army
2. Black Math
3. There's No Home for You Here
4. I Just Don't Know What to Do With Myself
5. In the Cold, Cold Night
6. I Want to Be the Boy to Warm Your Mother's Heart
7. You've Got Her in Your Pocket
8. Ball and Biscuit
9. The Hardest Button to Button
10. Little Acorns
11. Hypnotize
12. The Air Near My Fingers
13. Girl, You Have No Faith in Medicine
14. It's True That We Love One Another

sábado, 5 de setembro de 2009

Saudade

Saudade do jeito desengonçado da Meg...



Já o Jack White não pára. Coleciona bandas. Mas com tanta música ruim por aí, se o cara quiser, está autorizado a ter umas 9 bandas! Menos mal pros nossos ouvidos.

PS: agora é oficial - Faith No More no Rio, dia 5 de novembro, Citibank Hall. A inteira da pista custa R$ 150. E teremos a famigerada pista vip, claro.

sábado, 29 de agosto de 2009

Letra

Essa semana, depois de muito enrolar, decidi assistir ao filme "O Casamento de Rachel". Tinha ouvido bons comentários sobre ele, mas precisei de novas recomendações para correr atrás. Aquela velha história que volta e meia a gente discute por aqui: com a velocidade que a gente recebe, usa e descarta informações, muita coisa boa se perde.

Pois bem, lá pelas tantas, o personagem de Tunde Adebimpe (vocalista do TV On The Radio) tem um momento especial ao som de um clássico de Neil Young. E com direito a letra traduzida na legenda! Não preciso nem dizer que a música ficou na minha cabeça a semana toda.

Muita gente reclama da voz do Neil Young. Tem gente que acha os discos chatos (e em alguns casos isso é justo), mas se tem uma coisa que esse cara consegue emplacar com unanimidade são as letras. É engraçado como a gente se acostumou a letras em inglês que não fazem o menor sentido. E aí chega o sujeito, liga sua guitarra e faz a música emoldurar uma letra excelente.

No filme que citei, a letra traduzida de "Unknown Legend" é marcante. Uma das minhas preferidas de Neil Young é essa aí embaixo. Ele consegue fazer um filme dentro de uma música de 3 minutos.



Segue a letra de "Barstool Blues", do disco Zuma, para acompanhar:

If I could hold on
to just one thought
For long enough to know
Why my mind is moving so fast
And the conversation is slow
Burn off all the fog
And let the sun
through to the snow
Let me see your face again
Before I have to go

I have seen you in the movies
And in those magazines at night
I saw you on the barstool
When you held that glass so tight
And I saw you in my nightmares
But I'll see you in my dreams
And I might live a thousand years
Before I know what that means

Once there was a friend of mine
Who died a thousand deaths
His life was filled with parasites
And countless idle threats
He trusted in a woman
And on her he made his bets
Once there was a friend of mine
Who died a thousand deaths

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Pensa rápido


Rolou um papo sobre Faith No More tocar no Rio de Janeiro no dia 5 de novembro. Nada confirmado no site da banda. A verdade é que agora eu rezo para que isso aconteça, pois o show da banda de Mike Patton vai cair no mesmo dia em que se apresenta outra trupe que eu nunca me perdoei por ter perdido: Primal Scream.

Quando estiveram aqui em 2004, não conferi a passagem do Primal Scream por terras cariocas por total desconhecimento em relação aos caras. Eis que, dias depois do show, decido participar de uma promoção no Ronca Ronca onde seriam sorteados cds da banda. Lembro que eu e Seu Rodrigues ficamos pasmos no trabalho ouvindo as sequências desnorteadas que saíam das caixas de som. Virou uma das minhas bandas preferidas e aquela dor de cotovelo incurável.

Faith No More toca no dia 7 de novembro no Festival Maquinaria.
Primal Scream toca no dia 7 de novembro no Festival Planeta Terra.

Pensa rápido: e agora?

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Escala

Bobby McFerrin dá uma aula sobre escala pentatônica. E mostra que a música está na cabeça de todo mundo.



Não tá ligando o nome à pessoa?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Nova Orleans

Seu Rodrigues, nosso correspondente lá nas terras do Tio Sam, andava meio quieto ultimamente. O silêncio foi quebrado com estes registros fotográficos de sua passagem por Nova Orleans.


Sente o lema da cidade...

Uma daquelas fotos clássicas...

Até o mascote do bar é cool!
Pense nisso...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A little joy for everyone

Por motivos de força maior não pude conferir a passagem do Little Joy por terras cariocas. Mesmo assim, nossos informantes estavam na área. Gisele, que vive mandando boas dicas de sons, deixa suas impressões do show:


Mesmo sem nenhum lançamento em vista, a banda Little Joy volta ao Rio, desta vez em uma casa de show um pouco maior: Fundição Progresso. Mas não foi o amplo espaço da casa que comprometeu. Pelo contrário, o número de fãs da banda foi suficiente para cobrir todo o anfiteatro de forma confortável. No entanto a casa nos referendou com um pequeno atraso, talvez causado por uma pane geral no som, que calou a banda de abertura The Dead Trees por alguns minutos, logo em sua primeira música. Além disso, durante a atração principal, tivemos alguns instantes de microfonia. Só para consagrar o mais novo apelido da casa dado pela galera: Fundição Regresso.

Apesar dos percausos, Little Joy deu o seu melhor no palco, com direito a repertório extra, com novas canções, para além das 11 músicas do cd. O clima era de festa. Amarante e Fabrizio (também strokes) em amplo entrosamento, chegava a ofuscar a musa teen da banda. Talvez houvesse um excesso de Amarante, porém pouco percebido pelos fãns saudosistas de sua antiga banda. Bem por isso, ficou a dúvida: estávamos todos ali pelo conjunto da obra ou um resquício da era hemaníaca?
A cada intervalo prolongado, entre uma música e outra, o público puxava um sucesso do ex-grupo de Amarante. Vai entender!

Classificação do show: A little joy for everyone.

sábado, 15 de agosto de 2009

Desmarcando com Morrissey

Esse álbum já passou pelo blog, mas acho que pouca gente apostou nos meninos do Kooks. O fato é que hoje acordei e esse disco foi parar diretamente no cd player (pra falar a verdade, está tocando agora mesmo). É impressionante como esse som casa bem com uma manhã de sábado ensolarada!

Muita gente deu porrada na banda quando eles lançaram Konk. O azedume de sempre: muito pop, vazio, feito para tocar nas rádios. A imprensa britânica não aceita que um disco chegue às prateleiras sem ser acompanhado de um frasco com antidepressivos.

Joy Division e The Smiths são geniais. Eu adoro ouvir a cruel solidão do Morrissey numa quarta à noite. Mas hoje é sábado, tá um sol bonito pra caramba... Prefiro repetir o refrão bobo de "Shine On" a pensar que um caminhão de dez toneladas pode me matar e há uma luz que nunca se apaga.


1. See The Sun
2. Always Where I Need To Be
3. Mr. Maker
4. Do You Wanna
5. Gap
6. Love It All
7. Stormy Weather
8. Sway
9. Shine On
10. Down To The Market
11. One Last Time
12. Tick Of Time
13. All Over Town

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Any given saturday

Mensagem do Twitter de Roddy Bottum, tecladista do Faith No More. O texto foi colocado agora há pouco:

"Finally! BRAZIL!!! The Maquinaria Festival, November 7 in Sao Paulo welcomes FNM!!! tickets on sale Aug 14 at www.ingressorapido.com.br"

E o melhor: 7 de novembro cai num sábado! Não preciso nem dizer que não boto muita fé em ver a banda passar pelo RJ, né? No momento, minha única dúvida é se vou pra SP de ônibus ou avião.

Calminho...

domingo, 9 de agosto de 2009

Reunião de condomínio

Acho que o vizinho tem motivo para ficar chateado comigo nesse final de semana. Afinal, se eu tocar o penúltimo disco do Camera Obscura por aqui mais uma vez, periga virar pauta da próxima reunião de condomínio. Eu ainda nem ouvi o disco novo dos escoceses, mas os vizinhos já conhecem bem o "Let's Get Out of This Country".

Fica aqui o registro da simpática Tracyanne Campbell toda empolgada à frente da banda (olha a carinha de feliz aos 3:21). Circo Voador não cairia nada mal, hein... Já pensou?


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Sempre entre vírgulas

Ser filho de um artista famoso pode abrir muitas portas se você tiver uma banda. Mas também atrapalha pra cacete. O Wallflowers sempre foi e sempre será acompanhado pelo aposto "banda do filho de Bob Dylan". No caso de Jakob Dylan não tem como escapar. O pai do cara é uma instituição. E a curiosidade de saber se o rapaz aprendeu a lição de casa era quase prazerosamente mórbida.

Na minha opinião, Bringing Down The Horse (1996), o segundo disco da banda, traz ótimas canções. A faixa que abre os trabalhos, "One Headlight", caiu no gosto da turma da MTV e chegou ao primeiro lugar da parada americana. Depois disso, o Wallflowers viu a avenida aberta para emplacar mais 3 singles do álbum nas rádios.

Em entrevistas, Dylan-pai diz que não tem opinião sobre o trabalho do filho. Dispensa as perguntas dizendo que prefere não ouvir, pois é muito crítico. Mas, na boa, se você não for o Bob Dylan, vale curtir o disco sem pensar em exame de DNA.


1. One Headlight
2. 6th Avenue Heartache
3. Bleeders
4. Three Marlenas
5. The Difference
6. Invisible City
7. Laughing Out Loud
8. Josephine
9. God Don't Make Lonely Girls
10. Angel On My Bike
11. I Wish I Felt Nothing

Password: ScouseXile

sábado, 1 de agosto de 2009

Atenção para o refrão

Destaque do último podcast, aqui está o primeiro disco solo de Gal Costa. O álbum, de 1969, traz um instrumental que abraça tropicalismo e psicodelia, sempre com suavidade.

A voz é um assunto à parte. Já tive o prazer de ver um show da Gal (e isso faz mais de 10 anos) e lembro que, na ocasião, achei suas interpretações muito estridentes. Nesse álbum isso não rola. A voz é firme e quando emoldura uma letra de Roberto Carlos, por exemplo, o que já era bom ganha ares de esculacho retilíneo uniforme.

Destaque também para a abertura do disco com "Não Identificado", música que, de cara, mostra a que veio. E, claro, as históricas versões de "Divino, Maravilhoso" e "Baby".


1. Não Identificado
2. Sebastiana
3. Lost In The Paradise
4. Namorinho De Portão
5. Se Você Pensa
6. Vou Recomeçar
7. Divino, Maravilhoso
8. Que Pena (Ele Já Não Gosta Mais De Mim)
9. Baby
10. A Coisa Mais Linda Que Existe
11. Deus É O Amor

Ainda dá tempo de fechar a tampa com estilo... "Atenção para o refrão":

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Submarino e ônibus

Já faz um tempo que o André Balaio, do Pocilga Deluxe, mandou um e-mail com indicações de discos legais que ele tem ouvido. Aos poucos vou garimpando e colocando os discos na fila para escutar com calma.

A falta de tempo tem feito as coisas andarem devagar por aqui, mas os amigos continuam enviando dicas. É muito bom quando algum deles manda um e-mail ou liga só pra dizer que ouviu um disco ou viu um blog que é "a sua cara". E isso aconteceu muito no último mês. Temos álbuns pra comentar até dezembro fácil, fácil. Mas isso não é pra vocês pararem de escrever não, ok? Os e-mails com indicações são muito bem-vindos. Sempre!

Uma dessas dicas que eu nunca tinha ouvido (e gostei bastante) apareceu nas indicações do André: The Submarines, dupla de Los Angeles que além de dividir o palco ainda arruma tempo para ser marido e mulher. Easy listening de ótima procedência. "Honeysuckle Weeks" é de 2008 e vai direto para o primeiro lugar no pódio entre os discos mais ouvidos no ônibus em julho. Aliás, "disco mais ouvido no ônibus" tinha que ser categoria do Grammy.

Na próxima semana, vou comentar mais algumas dicas enviadas por amigos. Por enquanto, aqui vai o excelente Submarines.


1. Sub Symphonika
2. Thorny Thicket
3. You, Me, & The Bourgeoisie
4. 1940
5. The Wake Up Song
6. Swimming Pool
7. Maybe
8. Xavia
9. Fern Beard
10. Brightest Hour

domingo, 26 de julho de 2009

Podcast #22

O silêncio será quebrado em grande estilo com o novo disco do Meat Puppets. Logo depois, a turma do Soul Investigators aparece com uma música que sempre merece replay. Lá pelas tantas, Gal Costa homenageia Robertão.

Partimos para um bloco com novo som do Black Lips e exaltações ao trabalho do Cure. No final, não sobra nada depois da pedrada do Blood Red Shoes.


E a lista fica assim:
Meat Puppets - I'm Not You
Nicole Willis And The Soul Investigators - My Four Leaf Clover
Gal Costa - Se Você Pensa
Black Lips - Drugs
The Cure - Hungry Ghost
Blood Red Shoes - It's Getting Boring By The Sea

Firme e forte

O livro do Nick Hornby, Frenesi Polissilábico, está acabando com a minha culpa em comprar livros. Já tenho uns sete na fila para ler. Inclusive a versão original de Ham On Rye (Misto Quente - Charles Bukowski), trazida de presente por Seu Rodrigues, nosso correspondente. Ele leu a recomendação do Henrique e não deixou barato.

Fora isso, vale dizer que o blog continua firme. Com hiatos, mas firme. Prova disso é que ainda hoje vai rolar nova edição do podcast. Se quiser fugir do Fantástico, volte aqui mais tarde.

A propósito, desculpem por não ter respondido às últimas mensagens. Prometer que isso não vai se repetir é a maior mentira, mas vou tentar melhorar.

Abraços, keep on rockin' in a free world! A gente se encontra mais tarde.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

100 gatos pingados

Em primeiro lugar, vale a pena dizer que é um prazer queimar a língua. O som do show de Chan Marshall & Cia estava excelente. Agora, em segundo lugar, como eu detesto acertar previsões catastróficas... O show de Cat Power estava cheio de curiosos, gente que ganhou o ingresso e não sabia nem o que estava rolando. "Cheio" é apenas expressão, ok? O HSBC Arena permaneceu no escuro, envergonhado do público ridiculamente mínimo, com gigantes panos pretos escondendo fileiras e mais fileiras de cadeiras vazias.

A situação da pista às 19:30. E o show marcado para 20:00.

Resultado? Dá uma lida no site do Ronca Ronca pra ver o clima da banda nos bastidores. Os caras se sentiram derrotados. E olha que eles não fizeram pouco. Chan canta com uma facilidade absurda, o batera é um monstro de sutileza e agressividade na medida certa, o guitarrista tem aquela marra e aquela simplicidade de quem sabe que não vai errar uma nota sequer. Baixista e tecladista no mesmo clima. Quem desafinou? A gente. O público carioca. De novo.

Bob Dylan saiu daqui e deve ter achado esquisito ver a arquibancada vazia. O REM veio com uma das turnês mais descacetadas de 2008 e tocou pra 40% da casa. Ontem, infelizmente, assinamos embaixo daquele contrato com letrinhas miúdas que diz que o Rio só dá prejuízo às turnês e que o melhor é levar o show pra alguma cidade do sul do país.

Setlist cedido pelo pessoal da mesa de som.
Clique para ampliar.


Se formos ignorar a ausência de umas 10.000 pessoas, levarmos em conta a qualidade do som e da banda, eu poderia até dizer que a noite foi memorável. Mas ontem descobri que o preço do ingresso, a distância do local do show e a falta de melhores referências musicais vindo por rádio e TV já podem ser tidos como fatores presos à equação. E se Chan e banda não quiserem mais passar por aqui, acho que os 100 gatos pingados ali na arquibancada deram um bom argumento.

sábado, 18 de julho de 2009

Amanhã, quem vai?

Já estou batendo tanto nessa tecla que daqui a pouco o teclado não vai funcionar mais... Mesmo assim, enquanto as coisas não se acertam, eu permaneço do lado da turma que sempre enche o saco: que diferença brutal o preço do ingresso da Cat Power no Rio e em São Paulo.

Acredito que o pessoal que for comprar cadeira no primeiro piso já saiba dos problemas de acústica do HSBC Arena. O som no lugar só é bom na pista. Os organizadores sabem disso e colocaram o preço deste ingresso de arquibancada a R$ 92. Você paga um preço bastante razoável, mas não vai ter o som esperado. É praticamente uma pista sif...

Bom, amanhã eu decido se vou comprar ingresso pra pista sif ou se ver Chan Marshall de longe e com um som embolado só vai maltratar minhas coronárias. No fundo, acho que vou acabar nadando em dívidas com o cartão de crédito. Esse tipo de plástico me causa insensatez quando tem um show bom por perto.

Alguém que passa por aqui vai conferir Cat Power amanhã?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Reencontro

Um disco que estava esquecido às vezes cruza com uma tarde ensolarada e ruas sem nenhum engarrafamento pela frente. Do nada, sai do esquecimento e acaba virando trilha sonora de um dia legal. Foi assim que eu reencontrei esse álbum de Nicole Willis & The Soul Investigators.

A banda mantém um ritmo com batidas retas e um baixo bem desenhado que servem para emoldurar a voz de Nicole. É som direto e sem firulas. E esse álbum de 2007 ainda conta com "My Four Leaf Clover", uma música que me faz apertar o repeat toda hora.


1. Feeling Free
2. If This Ain't Love (Don't Know What Is)
3. Keep Reachin' Up
4. Blues Downtown
5. My Four Leaf Clover
6. A Perfect Kind Of Love
7. Invisible Man
8. Holdin' On
9. No One's Gonna Love You
10. Soul Investigators Theme
11. (Hidden Track)

sábado, 11 de julho de 2009

Check-in para o Acre

Estava ouvindo o último disco do The Cure, 4:13 Dream, mais uma vez. Tenho ouvido com alguma frequência, o que é bem positivo em relação aos milhares de álbuns que cabem num mp3 player. Hoje em dia, se você baixa e ouve o álbum duas vezes na vida, ele já merece disco de platina. Mas, na boa, esse último do Cure é muito bom. Volta e meia os ouvidos pedem pra escutar de novo.

O mais engraçado é que não sou um fã do Cure. Eu gosto da banda, gosto muito de vários singles, mas nunca coloquei os caras na minha lista de recomendações porque, por algum motivo, a banda sempre fica num canto do cérebro difícil de resgatar quando se pergunta à queima-roupa: o que você está ouvindo de bom?



Pois bem, depois de acordar ouvindo o disco de novo, decidi escrever aqui o que sempre me vem à cabeça: a banda é boa demais! Poucos grupos conseguem manter o nível por mais de três décadas como esses caras fizeram (e ainda fazem). E no meio do caminho ainda resgatam gente como eu, que demora quase 20 anos pra dizer que admira o trabalho dos caras.

Fica registrado nos autos que o disco é tão bom que se os caras fossem tocar no Acre, numa terça-feira, eu pegaria o avião para assistir.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Um tempo pros ouvidos

Nos últimos dias, os livros estão tomando o lugar da música. É que, por coincidência, todas as vezes em que me sobrou um tempo livre, seja no metrô ou entre uma palestra e outra, eu não tinha nenhum mp3 player por perto. E a verdade é que a opção de ter um livro na mão alivia bastante a sensação de que estou arrebentando meus tímpanos com o som alto. Isso é remorso somado ao cansaço físico em relação a volumes abusivos.

Também dei uma travada na busca por novidades musicais. Ainda tem muita coisa que eu baixei e nem ouvi. Eu ouvi música numa velocidade tremenda nesse último ano. Agora o tempo ficou mais curto e meu ano sabático foi interrompido (ainda bem!) por 8 horas diárias de trabalho.

Bom, os ouvidos descansam das músicas, os olhos trabalham lendo livros. Alguém anda lendo alguma coisa interessante por aí? Algo que possa divertir numa sala de espera?

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Expresso Lapa-Glastonbury

Rapaz, a coisa por aqui anda raspando o meio-fio. Nessa última semana, só deu para respirar naqueles 15 minutos de intervalo para um café sem açúcar. Estava tão acostumado com a minha vida de celebração do ócio que ainda estou apanhando do relógio. Mas aos poucos as coisas se acertam por aqui.

Vale registrar que estamos definitivamente em 1985 depois da morte de MJ. O mais interessante é que os discos dele sumiram nas Lojas Americanas. Fui conferir (só de curiosidade) se o preço tinha inflacionado com a partida do cara. Das duas uma: ou os saudosistas compraram tudo, ou foi tudo pro estoque receber um novo preço mais salgado. De qualquer maneira, tal qual 1985, Jacko está no topo das paradas.

E acabou que o festival de Glastonbury deste ano tomou ares de notícia secundária, né? Mesmo abafado pelas tragédias que vendem jornal, o festival seguiu queimando amplificadores. Aqui vai um vídeo da apresentação dos sempre bem-vindos Franz Ferdinand.



E vendo isso, me dei conta de que eu nunca ouvi ninguém falar que o show desses caras é fraco, é mais ou menos... A banda sempre deixa boas recordações em todos os palcos por onde passa. Seja na Lapa ou seja em Glastonbury!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Série

Repostando o disco que deu origem à série: o primeiro e excelente álbum do Jackson 5.


1. Zip-a-Dee Doo-Dah
2. Nobody
3. I Want You Back
4. Can You Remember
5. Standing In The Shadows of Love
6. You've Changed
7. My Cherie Amour
8. Who's Lovin You
9. Chained
10. (I Know) I'm Losing You
11. Stand
12. Born to Love You

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Piauí

Daqui a uns anos, imagino ouvir comentários à moda Elvis Presley. Coisas do tipo "fulano jura ter visto Michael Jackson numa pizzaria no Camboja", ou até "MJ não morreu, ele mora numa vila no Piauí" e por aí vai.

É fato que a fama do cara já não era a mesma, mas os tempos já não são os mesmos no mundo da música... Apesar dos escândalos, das esquisitices, me responde: que música de outro artista conseguiria colocar 1.500 detentos fazendo isso aí embaixo?



Elvis, talvez?

Talvez.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Glastonbury 2009

Certamente, a uma hora dessas, já deve ter um monte de gente montando acampamento em Glastonbury para o tradicional festival que começa amanhã. Chuva, cerveja, lama, pessoas com dentes horríveis e uma lista de ótimas bandas... É o mínimo que se espera do dito "maior festival de rock do planeta".

A partir de sexta, os vídeos com os shows vão começar a aparecer pelo You Tube e a gente vai poder acompanhar (mesmo de longe) o clima mítico do Glastonbury. E por falar em clima, olha só a orelha do livro. Bem resumido mesmo:

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Hare Krishna bêbado

Pode parecer papo de hare krishna bêbado, mas esse disco do Obits emana uma energia excelente. As guitarras disparam acordes fáceis e riffs surrupiados da surf music, a bateria seca e os vocais rasgados vão me deixar surdo de vez. Disco bom pra cacete. Não dá pra ouvir com moderação.

Vale lembrar que o Obits faz parte da coletânea da Sub Pop que comentamos aí abaixo. Confiram tanto a coletânea quanto o empolgante I Blame You, do Obits.


1. Widow of My Dreams
2. Pine On
3. Fake Kinkade
4. Two-Headed Coin
5. Run
6. I Blame You
7. Talking To The Dog
8. Light Sweet Crude
9. Lillies in the Street
10. SUD
11. Milk Cow Blues
12. Back and Forth

Tem sido muito difícil postar coisas aqui nos últimos dias. A internet está uma piada. Não fica no ar nem por 6 minutos seguidos e a velocidade é risível. Se bem que há um lado bom nesse fiasco: por não ter conexão, eu acabo lendo mais livros interessantes. Quer fazer seu filho passar menos tempo na frente do computador? Assine Velox!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Podcast #21

Homenagens, novidades de antigos sócios do podcast e o furacão Cat Power vindo com tudo em direção à costa brasileira.

Ouvir | Baixar (.mp3) | Assinar


Sem mais enrolação, segue a lista da edição 21:

Koko Taylor - Just Love Me
Los Bunkers - Coma
King Khan & The Shrines - Le Fils De Jacques Dutronc
Handsome Furs - I'm Confused
Teenage Fanclub - Happiness
Cat Power - Dark End Of The Street

PS: os médicos disseram que eu não estou surdo. Bom, pelo menos foi o que eu ouvi eles dizerem. Vou aproveitar que saí na vantagem e aposentar um pouco os fones de ouvido. Apesar do diagnóstico positivo, sei que estou ouvindo os sons bem mais abafados. Só que é tentador aumentar o volume em certos discos, né?

terça-feira, 16 de junho de 2009

Catálogo

A Sub Pop, gravadora que dispensa qualquer apresentação, colocou em seu site uma coletânea gratuita com 14 faixas de bandas que fazem parte do seu catálogo. Uma seleção que me faz voltar ao tempo em que meus amigos trocavam fitas e eu conhecia bandas novas que mereciam ser acompanhadas.

O link para a coletânea está aqui. Confiram, pois há sons muito bons!

domingo, 14 de junho de 2009

Nunca mais? Quem disse?

Começam a aparecer no You Tube os vídeos com a performance do Faith No More no Download Festival (dica do Iga). É impressionante como os caras estão ainda melhores do que no auge das turnês Real Thing e Angel Dust, do começo dos anos 90. Seguem alguns vídeos da turnê de reunião de Mike Patton & Cia.


A abertura foi inesperadamente hilária. Pensando bem, dessa banda se pode esperar tudo.


"From Out Of Nowhere" fazendo todo mundo enlouquecer.


Os caras estão tocando como nunca!

sábado, 13 de junho de 2009

O show mais vazio do Rio

Vem aí aquele que promete ser o show mais vazio que já passou por terras cariocas. O cheiro de fiasco no ar não é pessimismo, é pura matemática. No dia 19 de julho, a excelente Cat Power fará escala no Rio de Janeiro e tocará no HSBC Arena!

Pra quem é de fora do Rio e não se ligou no absurdo, o HSBC Arena (foto) foi o palco do show do REM totalmente vazio, do Bob Dylan meia-boca e por aí vai. O lugar tem capacidade para, no mínimo, umas 15.000 pessoas e, sem querer ser chato, Cat Power já teria dificuldade de lotar um Canecão, que tem capacidade de público dez vezes menor.

Se esse show rolasse no Circo Voador, tenho certeza que Chan Marshall sairia do Rio com uma impressão melhor. Mas o HSBC Arena é grande demais para o público dela aqui em terras cariocas. Até o maior otimista deve concordar comigo.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Surdos e felizes

Daqui a poucos dias, farei meu primeiro exame de audiometria. Como há 5 anos praticamente só ouço música através de fones, já tinha notado que os sons do mundo estavam um pouco abafados (estilo subida de serra, entendeu?). Agora terei a confirmação de quanto da minha audição ficou prejudicada.

Talvez por já saber que as notícias sobre meus ouvidos não serão muito animadoras, acabei aposentando um pouco os fones. Com isso, estou ouvindo menos música nos últimos dias. Só que ontem pela manhã, no ônibus, vim escutando (em volume moderado) It's A Shame About Ray, do Lemonheads. Dia frio, o sol dava uma de coadjuvante, eu ando bem animado com a vida... O disco casou perfeitamente com o momento legal que estou vivendo (fora a surdez, claro).

E vocês? Qual é o álbum que está deixando vocês surdos e felizes?

terça-feira, 9 de junho de 2009

Quando o crime compensa

Mais um daqueles discos que tem seu impacto amplificado quando é colocado no som à noite. Esta apresentação do homem que tem o título irrevogável de rei do blues é incrível. Os detentos da penitenciária do condado de Cook, em Chicago, puderam ver como B. B. King sabe fazer poucas notas musicais se multiplicarem nos ouvidos.

É a primeira vez na vida que eu sinto inveja de alguém que foi preso.


1. Introduction
2. Everyday I Have The Blues
3. How Blues Can You Get
4. Worry, Worry, Worry
5. 3 O'clock Blues-Darlin' You Know I Love You
6. Sweet Sixteen
7. The Thrill is Gone
8. Please Accept My Love

domingo, 7 de junho de 2009

Não é ruim, mas também não é bom

Sempre adiantado, o pessoal da Pitchfork já fez sua crítica à faixa que Jemina Pearl, ex-vocalista do finado Be Your Own Pet, lançou na semana passada. A conclusão da revista é que a música Nashville Shores "não é ruim, mas também não é boa".

Aquela velha história se repete: com o fim de uma banda que era muito elogiada, a mídia musical fica inquieta para ver qual daqueles integrantes vai sair com seu projeto primeiro. Assim que o projeto sai, logo pulam da gaveta dos críticos frases como "não tem o entusiasmo da banda antiga", "tá meio pop", "não segurou o nível". Detalhe: o disco da moça ainda nem tem data para lançamento e ela já levou um nariz torcido da Pitchfork. Deve ser difícil ter uma banda nos dias atuais...

Confira aqui a página de Jemina Pearl com algumas músicas novas.

sábado, 6 de junho de 2009

Sócios

Os chilenos do Los Bunkers voltam com tudo no disco novo. Os caras já são sócios aqui do blog e jamais poderíamos deixar passar este que é o primeiro lançamento mundial da banda: o disco Barrio Estación. Com certeza não decepcionaram sua legião de fãs espalhada por toda a extensão de terra que vai do México até o mais remoto ponto da América do Sul.


1. Coma
2. Me Muelen A Palos
3. Fiesta
4. Una Nube Cuelga Sobre Mi
5. Anden
6. Si Todo Esto Es Lo Que Hay
7. Capablanca
8. Deudas
9. Nada Nuevo Bajo El Sol
10. El Tiempo Que Se Va
11. El Mismo Lugar
12. Tarde
13. Abril

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O blues ficou ainda mais triste

Koko Taylor
1928 - 2009

Washington, 3 jun (EFE).- Koko Taylor, a cantora considerada rainha do blues nos Estados Unidos, morreu hoje aos 80 anos em Chicago quando se recuperava de uma operação gastrointestinal.

Um porta-voz da Alligator Records disse ao diário "The Chicago Tribune" que a artista parecia estar se recuperando, mas que seu estado se agravou durante a noite.

Órfã desde os 11 anos, a artista nasceu em Memphis (Tennesse) em 1928 com o nome de Cora Walton. Sua figura começou a crescer como cantora de blues nos clubes noturnos do sul de Chicago quando chegou à cidade em 1952.

Durante a carreira, em que conseguiu superar o domínio dos homens em sua classe musical, Taylor gravou sete álbuns, ganhou um Grammy, levou 29 prêmios blues e recebeu a Medalha Nacional das Artes por sua contribuição à música dos EUA.

Sua última atuação foi em 7 de maio em Memphis durante a cerimônia de entrega dos prêmios às melhores músicas de blues. Na ocasião, ela cantou "Wang Dang Doodle", música com a qual chegou ao estrelato.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Como se faz

Chegar num festival e roubar a noite que seria do Nirvana. Que banda teria uma façanha dessas no currículo? A história é repetida, mas não custa dar um resumo: em 93, assim como quem não queria nada, o L7 fez um dos melhores shows que já passaram pelo Brasil. Deixou o Nirvana no chinelo na frente de uma Apoteose abarrotada de gente.

Tudo bem que o trio de Cobain, ao vivo, parecia uma banda cover ruim do Nirvana. Os caras ganhavam o público na atitude, e não pelo fato de tocar bem... Mas nessa noite não teve jeito. As meninas do L7 quase derrubaram as arquibancadas do Sambódromo. Como na época os singles do disco Bricks Are Heavy, entre eles a já clássica "Pretend We're Dead", tocavam muito nas rádios, o público ficou na mão de uma banda com hits e competência para causar um terremoto.

E já que estamos vivendo numa época dominada por bundões emotivos e rockinhos com baixos teores, esse disco serve para lembrar como se faz a coisa.


1. Wargasm
2. Scrap
3. Pretend We're Dead
4. Diet Pill
5. Everglade
6. Slide
7. One More Thing
8. My Integrity
9. Monster
10. Shitlist
11. This Ain't Pleasure

Até o cara sentou no palco para testemunhar o L7 roubando a platéia na maior cara-de-pau...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Mali Calling

Um dos temas que rolou no nosso último podcast pertence a essa turma do Mali chamada Tinariwen. O som desses africanos foi tão bem aceito pelos europeus que a banda estará no festival de Glastonbury deste ano. É uma experiência bastante interessante para provar que a barreira do idioma não tira qualquer mérito da boa música.


1. Cler Achel
2. Mano Dayak
3. Matadjem Yinmixan
4. Ahimana
5. 63
6. Toumast
7. Imidiwan
8. Awadijen
9. Kyardardem
10. Tamatantelay
11. Assouf
12. Nak Assarhagh

sábado, 30 de maio de 2009

Podcast #20

B. B. King na cadeia, uma viagem à África, a marra (no bom sentido) do Kings of Leon e muito mais na vigésima edição do nosso podcast.


Sente a pose do jovem senhor na capa.

Segue a lista:
1. B.B. King - Sweet Sixteen (Live In Cook County Jail, 1971)
2. Tinariwen - Cler Achel
3. Kings Of Leon - Manhattan
4. Elastica - Mad Dog God Dam
5. The Chatham Singers - Upside Mine
6. Pete and The Pirates - Knots

***

Notícia em primeira mão: altas chances de vermos Pocilga Deluxe ao vivo em solo carioca...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Pedido

Por favor, não deixem de assistir ao ótimo "Simonal - Ninguém sabe o duro que dei". É inacreditável que um artista como aquele seja totalmente retirado da história musical do patropi (termo que, aliás, ele inventou).

Talvez depois de passar uma hora e meia na presença de Simona, você também queira viver uma vida "sem champignon".



Não perca.

terça-feira, 26 de maio de 2009

A geração que não gosta, mas nunca provou

Do jeito que a coisa anda, o pessoal vai achar que eu sou garoto propaganda da Oi FM. Mesmo assim, vale dar a dica de um ótimo programa de rádio que vai ao ar aos sábados, das 15h às 17h, o Todo Rock. Foi a primeira vez que ouvi e fiquei muito surpreso. Breeders, Franz Ferdinand, Violent Femmes (sério!)... a peteca não caiu nem por um segundo dessas duas horas.

O programa me relembrou o prazer de ouvir rádio à tarde, quando eu era moleque e ficava com uma fita esperando para gravar as músicas de todas aquelas bandas que eu gostava, mas não tinha grana pra conferir.

Hoje em dia, existe uma geração que não faz idéia de como era isso. A surpresa de descobrir uma banda quando você estava esperando para gravar outra. Comecei a gostar do Suede, por exemplo, esperando para gravar Soundgarden. Hoje tem moleque que quer baixar a faixa de sucesso, mas não tem interesse em ouvir o disco inteiro. Não descobre o prazer de dizer que gosta mais de "Drain You" do que de "Smells Like Teen Spirit". É a geração que não gosta, mas nunca provou.

Com o passar dos anos e o emburrecimento do público, as bandas vão ficar com o crachá de uma só música. Os Strokes vão ser a banda do "Last Nite", o Sex Pistols vai ser a banda do "Anarchy in the UK" e por aí vai. As obras de onde saíram esses hinos contra o marasmo não vão significar nada. Mas, pensando bem, a burrice e a desinformação não são exclusividade dos tempos atuais, né?

Ainda bem que ainda existem alguns que nadam contra a pasmaceira e combatem esse povo que cisma em tomar sorvete com a testa. Por um tempo, foi só o Ronca Ronca. Agora tem o Massari, chegou o Todo Rock, Tom Leão e Kid Vinil voltaram com seus respectivos programas pela internet. Sinto que, aos poucos, estamos ganhando nosso espaço de volta.