sábado, 31 de janeiro de 2009

Taylor

Estou aqui lendo Uma temporada no inferno com os Rolling Stones, livro de Robert Greenfield, escritor e ex-editor da revista Rolling Stone inglesa. O título fala sobre o período em que Mick, Keith & cia se isolaram na França e gravaram Exile On Main Street. Uma fartura de drogas e maluquices de assustar. Logicamente, o foco é nas baixarias e loucuras que rolaram. Ainda estou na metade do livro e, só agora, meses depois de se instalarem na Riviera Francesa, os egos de Mick e Keith, resolveram pensar um pouco no disco.

Das figuras secundárias que passam pelas páginas, é impossível não simpatizar com a forma como Mick Taylor, guitarrista que substituiu Brian Jones, é apresentado. No livro, Taylor, de apenas 23 anos, vive sendo humilhado por Jagger e Richards e tem seu talento sempre posto à prova, muitas vezes por uma velada inveja vinda de Keith. Mais melódico nas guitarras e casado com uma menina tão nova quanto ele, o papel de Taylor na trama é servir de bode expiatório para as crises da banda, contando apenas com o apoio do baterista Charlie.

Assim que terminar, comento o livro de forma mais abrangente. Por enquanto, Rip This Joint, ao vivo... segunda música de Exile On Main Street. Mick Taylor na guitarra.

6 comentários:

Anônimo disse...

devorei o livro como numa tarde ensolarada num balneário francês... pois adoro rolling stones, e acabo consumindo tudo que consigo sobre eles.
o livro é eficiente em traçar a trama da vida dos músicos na época da produção do melhor álbum da banda. mas quem se interessar por como Exile foi produzido, este não é o livro indicado.
Mas, é mais um belo documento sobre os Stones na singela prateleira de livros musicais do Discoteclando.

atlantic disse...

Estou quase acabando de ler. Pena que nesse fim de semana não consegui adiantar nem uma linha.

O disco acaba sendo pano de fundo na trama. E acho incrível que com tanta falta de coordenação entre os envolvidos o resultado tenha sido um álbum duplo tão bom.

Henrique Kowalsky disse...

Stones já foi bom, não é?

atlantic disse...

Essa fase do final dos 60 e começo dos 70 é imbatível. Gostei muito deles tocando em Copacabana (apesar do som estar bastante baixo). É fato que quando as músicas novas entram na roda, o pique diminui.

Estão por aí pela grana. Deve ser difícil abrir mão desses milhões e se aposentar. Agora eles ligam tudo no automático e só colhem os frutos.

Anônimo disse...

achei que a bigger bang carrega uma energia tão visceral qto exile on main st. Mas é inevitável: de beggar's banquet a exile on main street a coisa é pura!! ainda aguentou pelos 3 seguintes, mas sem o mesmo impacto. exile é a obra-prima de keith richards.

atlantic disse...

Realmente, Bigger Bang é melhor do que os discos pavorosos dos anos 80 ou a raspa de tacho dos anos 90. Mas não chegou a me animar tanto.

Os Stones já não precisam provar mais nada. Quando lançam um disco acima do mediano, já é automaticamente celebrado pela imprensa. São bons no que fazem. Já mostraram isso. Exigir mais é maldade.

A gente tinha era que entrar numa máquina do tempo e ir assistir à turnê do Sticky Fingers, isso sim!