“Por que você pagaria para me ver numa jaula que alguns chamam de palco?” é a pergunta que saiu do primeiro single do Babyshambles, banda liderada pelo ex-Libertine e atual colega de apartamento de Amy, o doidão Peter Doherty. A frase me veio à cabeça na primeira noite de shows da cantora no Rio. Esses dois devem passar as noites batendo longos papos sobre suas carreiras (com duplo sentido, claro).
A imprensa brasileira imprimiu que Amy é o Tim Maia britânico, que o show dela é imperdível, que ela é genial. Todas as matérias começam do mesmo jeito: falam do talento, das confusões, da oportunidade de volta por cima diante do público brasileiro. Mas o que se viu ontem numa arena lotada estava longe de ser a volta por cima. Foi só mais uma das cambalhotas de uma carreira muito irregular nos palcos.
A voz estava razoável, bem longe da apresentação-desastre em Lisboa. Os tropeços enquanto caminhava pelo palco eram visivelmente ensaiados e foram um tanto ridículos. Sua banda ficou perdida mais de uma vez com os já previsíveis imprevistos. Amy é um personagem que sai do palco a qualquer momento, que pára de cantar para rir e que, na frente de milhares de pessoas, apareceu para cumprir tabela e ficar em cena o mínimo de tempo previsto no contrato que assinou. Depois dos 10 primeiros minutos, tudo foi esquecível.
3 comentários:
O show durou só 50 minutos? Não pagava nem a cachacinha que ela tá tomando nas fotos.
bem que o Simão da BandNewsFM disse...
"Ingresso pra show da Amy Winehouse é igual a ação de alto risco: ou você vê um showzaço ou vê uma merda completa"
...
e o show do STP ???
Só para que conste: a banda a quem se deve grande parte do sucesso da personagem são os fantásticos Dap-Kings (que acompanham a fabulosa Sharon Jones) e que foram contratados para fazer o primeiro disco "Back To Black". Ganharam um disco de platina com o sucesso e colocaram o mesmo disco num local bem apropriado da sua editora, a Daptone: a casa de banho!!! (História verídica).
:-)
Abraço.
F.
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