terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ainda dá tempo



segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dois dias para salvar uma noite

Primal Scream em turnê pelos 20 anos de lançamento do álbum Screamadelica. A turnê vem lotando por onde passa e o pessoal do Queremos deu aquela sorte no melhor estilo cometa Halley: lugar certo na hora certa. Faltam pouco mais de 48 horas para as apostas fecharem e o Primal Scream tocar no Circo Voador no dia 23 de setembro de 2011... Na data exata dos 20 anos do lançamento do disco! Repito: na data EXATA.


 Até agora o Queremos está com 50% das cotas vendidas. Já comprou seu ingresso-reembolsável?

terça-feira, 26 de julho de 2011

300

Post de número 300 vem com a tradicional participação de Bob Dylan. E muito bem acompanhado.


Uma seleção dessas não chuta bola pra fora...

domingo, 19 de junho de 2011

Não tem a menor graça

Eu ia fazer uma piada comparando esse show de ontem em Belgrado ao que ela fez no Rio, mas não deu nem clima. Fiquei agoniado com a situação da moça. Cada vez pior.
 

 O termo "banda de apoio" nunca caiu tão bem. Os caras são músicos, enfermeiros e psicólogos. Triste demais.

domingo, 12 de junho de 2011

Se chegar mais perto...

Geralmente eu tenho sorte quando digo que seria "sensacional ver esse show no Circo Voador numa sexta-feira à noite depois de comer um cachorro-quente". Já aconteceu com Stone Temple Pilots e Franz Ferdinand. Agora minha energia positiva está voltada para ela...



Ela tem disco novo na praça, a turnê está passando pela Europa com uma série de shows esgotados e, por enquanto, nada de latinoamerica.

Se essa turnê chegar um pouco mais perto, a gente pesca.


Alô, pessoal do Queremos!

sábado, 11 de junho de 2011

Mais pesado

Ainda sobre o Nirvana:
A biografia de Kurt Cobain já foi lida faz um tempo, mas só foi digerida agora. É o esforço de Cross, autor de “Mais pesado que o céu”, que torna o livro tão interessante. Horas de entrevistas para recriar os momentos da infância de Kurt, da subida do Nirvana ao topo e a morte intoxicadamente estúpida do canhoto mais transtornado dos anos 90.

Acompanhei todas as fases ouvindo cronologicamente os discos da banda. Além disso, esbarrei no You Tube com vídeos de vários shows que são citados no livro. É muito bom poder ver as gravações caseiras feitas por fãs durante a turnê do álbum Bleach. São imagens que, muitas vezes, surpreendem pela qualidade. O som é embolado, mas dá pra entender o que estava rolando. E o que estava rolando era um grupo prestes a tomar de assalto o mundo todo.

É diferente agora ouvir Nevermind pensando nele como um disco de término, de fim de relacionamento amoroso, ou melhor: um disco de amor unilateral de um cara por uma garota que seguiu em frente. É totalmente diferente do que eu sentia com o disco e é um ponto que vai de encontro ao que Kurt volta e meia afirmava – quase ninguém interpretava corretamente suas letras. Certamente porque suas letras eram o resultado de uma personalidade muito solitária.

Do Nirvana até os dias de hoje a música mudou completamente. A relação das pessoas com as canções está menos apaixonada a cada dia. Mas se engana quem quer vender que Kurt morreu como um mártir, que o amor à música o levou à morte. Isso é papo de quem quer vender camisetas. Mas se alguém ainda quer se apegar a isso como uma razão para amar a música (mesmo que com ares tão trágicos) e precisa acreditar nisso, então que seja. O amor à música não pode morrer. Qualquer desculpa serve.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Nirvana no Rio - show completo de 1993

Falta pouco para as comemorações dos 20 anos de "Nevermind", o clássico álbum que parece uma coletânea de greatest hits do Nirvana. Pra comemorar, segue a íntegra do sempre comentado (e nunca mostrado por aqui) show no Hollywood Rock de 1993. A imagem está ruim porque saiu de uma fita (era um mundo pré-DVD). Destaque para a bizarra versão de "Smells Like Teen Spirit" com Flea, do Red Hot Chili Peppers, acompanhando a banda.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Lendo riffs

No fim do ano passado, 3 livros com as biografias de guitarristas importantes na formação do meu interesse por música chegaram às minhas mãos. A escolha de qual livro ler primeiro foi difícil. Acabei voltando ao tempo de moleque lendo primeiro sobre Slash.

O cara foi o guitarrista que me fez querer tocar guitarra e me frustrou no meio do caminho porque eu não tinha interesse em praticar horas de solos e riffs complicados. Eu ainda não sabia que existia música sem solo. Não conhecia o punk rock em 1988... Billy Idol era o que tocava na rádio e Billy Idol é tão punk quanto a minha avó (a cor do cabelo deles é parecida). Em 1988 você só ouvia o que tocava na rádio ou o que estava na vitrola do seu pai ou de algum tio.

Li o livro em praticamente 4 dias. Podia ter terminado em 3 dias, mas desacelerei no final para curtir um pouco mais. Não que o livro seja excelente, mas é que a cada parágrafo, a cada citação a músicas gravadas ou confusões em show, eu fazia uma viagem no tempo. Lembrava de ver fitas VHS com shows bootleg do Guns N' Roses que eram a milésima regravação (a qualidade era uma merda), lembrava das fitas K7 mal gravadas com músicas sendo cortadas no meio. Como era difícil acompanhar uma banda sem a internet e sem o mp3. Mas era muito bom.

Fiquei pensando em como eu achava que as bandas tocavam um setlist diferente a cada noite - o que a internet provou que não é verdade. A maioria das bandas toca quase sempre as mesmas coisas na mesma ordem. Só que, em 1990, a gente não comentava no blog com o cara que foi ontem ao show de Los Angeles pra ele contar com qual música a apresentação começou. Você não via o show de ontem na Bósnia postado no You Tube. Gostar de uma banda te custava uma grana e um pouquinho de dedicação.



Voltando ao livro, achei engraçado ver como o Guns N' Roses funcionava (ou melhor, não funcionava). Como a amizade entre os caras foi se desfazendo e como Axl é um sujeito que vive num mundo à parte, uma realidade só dele. Um mundo onde deixar os fãs esperando e encerrar um show no meio é normal. (Eu disse um mundo só dele? Corrigindo: um mundo só dele, do Tim Maia e da Amy Winehouse).



Li tudo como se fosse uma entrevista de 400 páginas da revista Bizz. Os estereótipos estão todos lá: drogas, sexo com groupies, empresários picaretas, sucesso, merda no ventilador, problemas com a lei. Nada novo, mas quem disse que esse tal de roquenrol tem que ser "algo novo"? Ele só precisa continuar sendo divertido e incorreto.

Os outros dois guitarristas biografados já estão na minha prateleira me esperando. Um deles veio da vitrola do meu tio e arranjou lugar na minha prateleira. O outro acabou com a festa do Slash e do Axl... e sem solos de guitarra. Pra não ter uma overdose com tantas drogas e maluquice, vou alternando uma biografia e um livro sobre outra coisa. Agora estou terminando o "livro sobre outra coisa" e ainda na próxima semana embarco pra Seattle numa viagem bem soturna com o Sr. Cobain.

Depois conto como foi a bad trip.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Amy Winehouse makes me wanna smoke crack

“Por que você pagaria para me ver numa jaula que alguns chamam de palco?” é a pergunta que saiu do primeiro single do Babyshambles, banda liderada pelo ex-Libertine e atual colega de apartamento de Amy, o doidão Peter Doherty. A frase me veio à cabeça na primeira noite de shows da cantora no Rio. Esses dois devem passar as noites batendo longos papos sobre suas carreiras (com duplo sentido, claro).


A imprensa brasileira imprimiu que Amy é o Tim Maia britânico, que o show dela é imperdível, que ela é genial. Todas as matérias começam do mesmo jeito: falam do talento, das confusões, da oportunidade de volta por cima diante do público brasileiro. Mas o que se viu ontem numa arena lotada estava longe de ser a volta por cima. Foi só mais uma das cambalhotas de uma carreira muito irregular nos palcos.

A voz estava razoável, bem longe da apresentação-desastre em Lisboa. Os tropeços enquanto caminhava pelo palco eram visivelmente ensaiados e foram um tanto ridículos. Sua banda ficou perdida mais de uma vez com os já previsíveis imprevistos. Amy é um personagem que sai do palco a qualquer momento, que pára de cantar para rir e que, na frente de milhares de pessoas, apareceu para cumprir tabela e ficar em cena o mínimo de tempo previsto no contrato que assinou. Depois dos 10 primeiros minutos, tudo foi esquecível.

Seria memorável se ela tivesse abandonado o palco na quarta música para não voltar. Deixaria um público muito irritado, mas teria feito um bom show e eu veria minha grana de volta. Em vez disso, se arrastou por mais 40 minutos e deixou pra trás um público se sentindo culpado por ter aparecido numa noite chuvosa e em um local de show tão distante para ver uma versão sem graça das suas músicas e dos seus tropeços. Ninguém ensaiou nem uma vaia e, no fim das contas, Amy fez o que se espera dela. E o que se espera dela é muito pouco.