Essa semana acabei tendo alguns papos sobre música nos corredores do trabalho. É impressionante o poder que os discos têm de juntar as pessoas. Gente que descobre um mundo de afinidades através de uma camiseta do Clash, por exemplo.
Conversar com quem gosta mesmo de música, que não ouve por ouvir, que se atrasa uns minutos porque não teve coragem de silenciar o Faces no meio de "Cindy Incidentally", gente que relata altas emoções e memórias com um disquinho do Nick Drake... Isso faz o meu dia ficar muito melhor. Eu me sinto menos sozinho nas minhas manias. E numa dessas, acabei roubando uma coleção de álbuns completos de um colega fanático por boas bandas. Copiei algumas coisas (não tinha espaço para copiar tudo) e me arrependo de não ter copiado outras. Mas o fato é que agora o podcast e o blog têm assunto até 2011.
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Muita gente me recomendou o disco do The XX. E pelo peso das pessoas que recomendaram, já criei uma boa expectativa. O disco acaba de chegar aqui ao desktop, mas existe um problema: por algum motivo, eu estou travado com as novidades. Na verdade, o motivo é esse aí embaixo:
Eu não consigo parar de admirar esse golaço de Stevie Wonder. E faz tempo que estou repetindo isso para quem quiser ouvir. Cada vez que ouço, penso como seria sem graça um mundo sem "Sugar", faixa 6 do disco. Ou sem a genial versão dos Beatles. Ou sem a marcante faixa de abertura. O cara abusa do começo ao fim e ainda vai embora na maior suavidade, como se não tivesse feito nada de mais.
Estou curioso para ouvir o XX (e vou ouvir daqui a pouco), mas muita novidade acaba dando saudade de algo familiar, de uma música que você "controla", aquela da qual você sabe tocar air guitar, air bass, air drums. Como tem muita gente que só ouve um disco uma vez na vida e já parte pra baixar outro, a arte do air guitar está morrendo. Precisamos fazer uma campanha para ressuscitar a prática.
A propósito, dá uma clicada na capa do disco, ok?
Abraços.
sábado, 3 de outubro de 2009
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Um comentário:
Pode parecer meio piegas, mas eu curto Stevie Wonder pra caramba. Acho sensacional o trabalho que ele fez (faz), até a fase oitentista mesmo.
Foi uma figura importante para a música, sem dúvida.
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